O governador Mauro Mendes (União) afirmou nesta quarta-feira (29.01) em entrevista à Rádio Jovem Pan Cuiabá que pode rescindir o contrato com o Consórcio BRT, que realiza as obras do Bus Rapid Transit em Cuiabá e Várzea Grande.
Mauro Mendes afirmou que está estudando qual decisão tomar com sua equipe e deve conversar também com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
"O desempenho está horrível da empresa, o Governo paga literalmente em dia, nós estamos pagando corretamente esse consórcio, agora ele não consegue produzir, tem lá as dificuldades deles, a gente pode até entender, mas é um problema dele, nós contratamos para resolver problema, não para ficar justificando problema, e pagamos por isso e o desempenho não está bom, estamos finalizando algumas tratativas internas e em breve vamos ter aí um desfecho, ou positivo que eles melhorem de vez, ou até um possível rompimento de contrato", declarou o governador.
Mauro ressaltou que o rompimento de contrato seria um caminho "dolorido" porque pode demorar muito tempo e, por enquanto, é algo que precisa ser evitado.
"A maioria das empresas de Mato Grosso estão com dificuldade de cumprir com o cronograma, agora aqui já extrapolou o limite e a expectativa é resolver o problema e a partir daí estabelecer um novo cronograma, eu não consigo hoje chutar um cronograma, já deveria estar pronto, mas infelizmente não está", comentou Mendes.
A "novela BRT", que substituiu a "novela VLT" começou depois que o consórcio passou a acumular dívidas com fornecedores e prestadores de serviços. Reportagem do mostrou que clientes do consórcio cobram R$ 2 milhões em dívidas.
O consórcio alega que o Governo não realizou a repactuação do contrato, que seria necessário devido às alterações nas obras. O Governo, por outro lado, defende que todos os pagamentos estão sendo feitos normalmente e que a empresa deve cumprir com o cronograma.
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