O governador Mauro Mendes (União Brasil) avalia que Mato Grosso passará por um processo de desindustrialização, caso o Projeto de Lei 337/2022, de autoria do deputado federal Juarez Costa (MDB), sob relatoria do deputado federal Neri Geller (PP), seja aprovado o texto-base.
Segundo Mauro, o projeto retira Mato Grosso da Amazônia Legal e faz com que o Estado perca benefícios fiscais destinados ao setor da indústria. Isso porque, as indústrias que se instalam em Mato Grosso podem pleitear uma isenção de 75% de imposto de renda na Superintendência Desenvolvimento Amazônia (Sudam).
“Quando eles me pautaram esse assunto eu fui compreender e estudar um pouco mais, eu disse: olha se nós fizermos com cuidado, isso trouxe benefício para Mato Grosso como um todo, claro que eu serei favorável e logo de imediato eu alertei, falei olha, sair da Amazônia Legal vamos perder um importante incentivo da industrialização, que é a isenção de imposto de renda para as indústrias que instalam aqui na região da Amazônia Legal como um todo, os nove Estados da Amazônia Legal”, contou o governador.
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Entretanto, caso os deputados conseguirem alterar a proposta preservando as isenções, Mauro avalia que será positiva para o Brasil. “Isso vai ser um processo de desindustrialização do nosso Estado e eles perceberam isso, já me disseram que vão tentar corrigir isso do projeto. Então, se nós preservarmos esses incentivos fiscais, eu serei amplamente favorável, que esse projeto seja aprovado e implementado”, declarou.
Questionado sobre críticas de ambientalista por retirar Mato Grosso da área de preservação, Mauro não vê risco: “Olha ele não muda nada no que tange a floresta amazônica, não oferece risco em nada do que está previsto no código ambiental, o código ambiental brasileiro não será alterado em função do Mato Grosso sair da Amazônia Legal”, encerrou.
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