O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), concordou com a decisão dos deputados estaduais para não votarem mais projetos do Poder Executivo enviados no “afogadinho”, ou seja, em tramitação rápida. Porém, alertou os parlamentares que também respeitam o devido processo legal de tramitação e não sentem em cima dos projetos.
Como exemplo de projeto parado na Assembleia, Mauro citou a proposta que limita em R$ 300 mil o uso de verbas públicas para cada show, em recursos enviados pelo Poder Executivo e Legislativo.
Atividade cultural é importante? É!, mas tem que ter limite como tudo na vida tem que ter
“A Assembleia tem autonomia para poder tramitar seus processos, vejo com naturalidade. O Governo tem o dever de encaminhar e aguardar o devido processo legal. Agora, eles (deputados) têm que votar, não podem sentar em cima. Tem que votar, por exemplo, eu cobrei dele (presidente da AL/MT, Eduardo Botelho), mandei um projeto de lei para limitar o repasse daquela dinheirama toda para ficar fazendo show no interior”, criticou o governador, em entrevista à imprensa.
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Mendes avaliou que investir na cultura é importante, porém, alertou que enquanto as Prefeituras investem milhões em shows a população sofre com falta de investimento na saúde pública. Ele desabafou dizendo que não concorda com a iniciativa do interior em investir “dinheirama” para fazer shows e avalia que o cidadão mato-grossense também não concorda.
“Eu sugeri no projeto encaminhado R$ 300 mil, seria o apoio que tanto o Executivo, como o Legislativo poderá dar para fazer esse tipo de atividade cultural. É importante? É, mas não pode gastar R$ 1 milhão, R$ 2 milhões, quando a gente está precisando investir em cirurgia, saúde e tanta coisa importante”, reclamou o governador.
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