O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), disse neste domingo (27.10), em entrevista coletiva à imprensa, que a expectativa é de que até às 16h30 a população cuiabana conheça o nome do próximo prefeito de Cuiabá. O chefe do Executivo Estadual reafirmou o compromisso do Estado em ajudar o novo gestor, seja ele Abilio Brunini (PL) ou Lúdio Cabral (PT), na execução de obras e outros projetos em prol de uma “mudança” na cidade.
Mendes lembrou que o nome escolhido por ele e seu grupo político como o melhor para comandar a Capital foi do deputado estadual, Eduardo Botelho (União), mas que “lamentavelmente” não conseguiu passar para a disputa do segundo turno.
O governador falou que neste momento é importante que ambos os candidatos “controlem” a ansiedade que os cerca neste dia de eleição, e que eles não podem se apoiar em pesquisas eleitorais como base de que poderão vencer o pleito pelo fato de que muitos institutos não acertaram o resultado do primeiro turno.
“No primeiro turno, nós tivemos várias pesquisas que falharam, algumas assim de forma muito estranha, muito diferente, não se sabe o que aconteceu! É uma metodologia técnica, mas o fato é que teve falhas grandes de vários institutos no primeiro turno. Vamos ver, não adianta ansiedade. Vamos esperar 16h30 no máximo, estando 20% ou 30% das urnas apuradas e contabilizadas, nós saberemos, muito provavelmente, quem será o próximo prefeito da nossa cidade”, disse Mendes.
Mauro revelou que não conseguiu acompanhar de perto o segundo turno e nem a participação dos candidatos nos debates em decorrência dos inúmeros compromissos como governador, não tendo condições de avaliar como foi a performance de Abilio e Lúdio nesta nova disputa. Contudo, o gestor declarou que atualmente nem os debates e muito menos as pesquisas têm o poder de influenciar na votação.
“Os tempos modernos, e com as redes sociais, o cidadão recebe muita informação, e com isso ele forma a própria opinião. Então, formando a própria opinião, não é líder, cabo eleitoral, não é panfletagem. As pessoas estão sábias e autônomas, então saiu resultado diferente daquilo que a classe política mais tradicional tende a querer interpretar”, destacou.
Ao final, o governador alertou que os políticos [sem citar nomes] precisam fazer uma autoavaliação da atual política, principalmente a forma como eles vêm se comportando e se posicionando, o que, segundo Mauro, vem desagradando à sociedade e contribuindo diretamente para o desinteresse das pessoas votarem, o que resulta no aumento da abstenção.
“Desinteresse da população em geral pela política e pelos políticos. Talvez, há muitos anos no Brasil e em muitos lugares, as escolhas que fizemos são pela opção do menos pior. Então, quando você está votando pelo menos pior, se vai votar porque é obrigado. Se parar o voto obrigatório no Brasil, muito provavelmente essa abstenção seria muito maior e mais terrível. [...] A classe política tem que fazer uma reflexão porque hoje existe uma insatisfação com essa classe”, finalizou.
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