O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), admitiu que o setor da Segurança Pública “falha” na questão do monitoramento dos presídios do Estado e deixa que um dos principais criminosos do Brasil, que está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá, Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco” comandem os membros de sua organização criminosa de dentro do presídio.
A questão foi levantada por Mauro Mendes durante audiência pública, realizada na última quinta-feira (15.06) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), para debater projeto de lei de autoria do senador Jayme Campos (União) que tipifica o “Narcocídio” (assassinato relacionado ao tráfico de drogas).
Segundo o governador, atualmente os criminosos perderam o medo das instituições, principalmente aquelas ligadas à Segurança Pública como Polícia Militar e Polícia Civil. “O criminoso, e o crime organizado atualmente, ele não respeita mais as instituições. O fato é que nos acostumamos com os problemas”, declarou o gestor.
Ele destacou que em Mato Grosso uma organização criminosa [sem citar nome] tem mais de 20 mil pessoas cadastradas atuando no cometimento de crimes, sendo que o setor da Segurança Pública do Estado ao todo tem 15 mil profissionais.
Neste cenário, Mauro admitiu que as Forças de Segurança Pública dos Estados brasileiros “falham” ao permitir que líderes de facção criminosas continuem ordenando crimes de dentro dos presídios, citando como exemplo, apesar de não citar nome diretamente, Sandro Louco condenado a mais de 200 anos de prisão, e mesmo preso na Penitenciária Central do Estado em Cuiabá, segue dando ordens aos seus “faccionados” para cometimento de crimes em Mato Grosso.
“Nós sabemos que o principal líder da organização criminosa tem seu líder há anos preso e continua dentro dos presídios brasileiros comandando essa facção. Não vamos longe, aqui em Mato Grosso tem um líder de facção que está preso há quase 20 anos e continua de dentro da cadeia comandando a sua instituição. Olha que coisa acintosa. Isso vem acontecendo há anos e nós fazemos de conta que parece que está tudo bem e cada um vai se virando como pode”, disse Mauro.
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