O deputado Lúdio Cabral (PT) em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (09.02) defendeu que o Partido dos Trabalhados construa um palanque ao pré-candidato à presidente da República, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e apresente candidato ao Governo de Mato Grosso, nas eleições deste ano.
“Do ponto de vista das forças políticas aqui no Estado há um desenho bastante confuso sobre como elas vão se articular. Na minha opinião, o PT tem duas tarefas: construir um palanque seguro e legítimo para o Lula e apresentar um projeto alternativo ao projeto do Governo do Estado hoje, porque Mato Grosso é governado para atender ao interesse desses muito ricos. Isso é responsabilidade do PT”, alertou Lúdio.
Segundo Lúdio, será necessário um “esforço” muito grande para construir uma composição política para materializar o palanque de Lula em Mato Grosso. Entretanto, ele rejeita o apoio político de representantes do agronegócio e destaca que as pesquisas já apontam vitória de Lula no primeiro turno.
Haverá uma votação expressiva sem a necessidade de apoio do agronegócio. O agronegócio não tem votos! Tem dinheiro e nós não precisamos de dinheiro para vencer as eleições
“Nós não precisamos do apoio político do agronegócio, porque o agronegócio detém o Poder Político no Estado e é responsável pelas contradições que o Estado tem. Se nós temos fila do osso em Mato Grosso, isso se deve a uma política de preços que enriquece os poderosos do agronegócio. Temos 500 mil pessoas passando fome em Mato Grosso ao mesmo tempo que o Estado exporta milhões e milhões de toneladas de soja em dólar para enriquecer alguns povos”, declarou o petista.
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Cabral classificou como oportunista a recente aproximação de políticos ligados ao agronegócio ao presidente Lula. Segundo o deputado, um dos motivos que não participou da reunião em São Paulo, entre Lula e lideranças do PT, PSB, PCdoB, PV e MDB, foi para não "vivenciar o desconforto de sentar ao lado de representantes desse setor."
“O agronegócio tem representantes políticos, que de forma oportunista estão buscando aproximação com a candidatura do Lula mesmo fazendo parte da base de sustentação do Governo Bolsonaro. Uma contradição e na minha opinião o Lula não precisa do agronegócio em Mato Grosso”, declarou Ludio.
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