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Política Terça-feira, 03 de Janeiro de 2017, 07:00 - A | A

Terça-feira, 03 de Janeiro de 2017, 07h:00 - A | A

Entrevista

Lucimar fala sobre perspectivas do novo mandato; Leia entrevista

Lucione Nazareth/VG Notícias

Lucione Nazareth/VG Notícias

Lucimar e Hazama

Prefeita Lucimar Campos, o esposo Jaime Campos (esquerda) e o vice-prefeito José Hazama

A prefeita reeleita Lucimar Campos (DEM) assume novo mandato assegurando que fará esforços para o desenvolvimento de Várzea Grande e prometendo honrar cada voto recebido nas urnas em 3 de outubro de 2016. Lucimar contará com reforço de ‘peso’ agora ‘oficial’ neste mandato, o esposo e ex-senador Jaime Campos (DEM), na recém criada Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Empossada no último domingo (01.01), a democrata terá um papel importante nas próximas eleições, pois foi reeleita com 95.634 mil votos o que representa 76,16%, dos votos válidos e uma das votações mais expressivas já recebida por qualquer prefeito em Várzea Grande e uma das maiores votações, proporcionalmente entre os 5.570 municípios do Brasil.

Em entrevista especial ao VG Notícias, a democrata assegurou empenhar e não dar ‘trégua’ até resgatar o município da situação de ostracismo em que se encontrava e colocar no rumo do desenvolvimento novamente.

Veja abaixo a entrevista com a prefeita:

VG Notícias: Quais são suas expectativas para este novo mandato?

Lucimar Campos: As melhores possíveis, pois já demonstrei nestes 19 meses de gestão, já que assumi em 08 de maio de 2015, que é possível se fazer diferente e tendo ações voltadas para um bem maior, que é a qualidade de vida da população e o crescimento de Várzea Grande, pois se temos uma cidade que avança em seu desenvolvimento mais oportunidades surgem para àqueles que nela vivem.

VG Notícias: Várzea Grande não está imune à crise econômica que assola o Brasil. O que fazer para a máquina adminstrativa não parar e ainda ter recursos para investir no município?

Lucimar: Nestes 19 meses sofremos com os obstáculos administrativos e financeiros, mas tomamos decisões austeras e firmes, cortando gastos, enxugando despesas e centralizando nossas ações para manter os serviços públicos funcionando na mesma proporção em que melhoramos o atendimento a população, bastando ver que neste período foram totalmente reconstruídas oito escolas públicas municipais dentro do que existe de mais moderno e eficiente, construída uma nova creche, colocamos para funcionar a UPA Ipase, já reformamos a quase totalidade do Hospital e Pronto-Socorro Municipal entre outras obras e ações de interesse da cidade e de sua gente.

VG Notícias: Como realizar tantas obras e ações se hoje se tornou comum entre os gestores públicos falar em queda de arrecadação? Existe algum milagre em Várzea Grande?

Lucimar: Milagre algum. Apenas a seriedade na correta e honesta aplicação dos recursos públicos com a definição de prioridades. Falar que temos recursos para atender a todas as demandas é uma utopia, por isso definimos prioridades nas ações que atendam a um máximo possível de pessoal.

VG Notícias: A senhora retende fazer reforma administrativa para cortar despesas e enxugar gastos públicos?

Lucimar: Compreendo o Poder Público como algo que precisa se adequar ao momento, ser mutável, pois se a realidade de hoje é de crise econômica nacional que afeta a todas as instâncias de Poder, nada mais importante do que nos adequarmos a este novo momento. Por isso estamos preparando uma reforma administrativa, o que muitas vezes não significa apenas a extinção ou redução de cargos, pois nesta reforma estamos criando uma nova estrutura, a Secretaria de Assuntos Estratégicos que será ocupada pelo ex-senador, ex-governador e ex-prefeito de Várzea Grande por três mandatos, meu esposo, Jaime Campos.

Mas a idéia é reduzir o tamanho da máquina, torná-la mais eficiente e atender as demandas da população bem como fomentar a cidade para que ela passe a gerar mais emprego e renda.

VG Notícias: Diante da crise não seria um contrassenso criar uma nova Secretaria e aumentar os gastos?

Lucimar: Primeiro de tudo não são gastos e sim investimentos. Essa pasta está sendo criada para capitalizar recursos públicos federais e estaduais que trarão dividendos para Várzea Grande e sua gente. Constantemente recebemos emendas parlamentares de senadores, deputados federais e estaduais que correm o risco de ser perdidos por falta de projetos.

O papel da Secretaria de Assuntos Estratégicos e do futuro secretário Jaime Campos será a preparação de projetos executivos para buscarmos os recursos disponíveis para escolas, creches, pavimentação asfáltica, recursos para abastecimento de água, esgotamento sanitário, enfim tudo que estiver disponível em nível de Brasília e de Mato Grosso.

VG Notícias: A senhora, além de criar mais uma pasta, também concedeu aumento salarial aos secretários e subsecretários. Esta decisão não é contraditória neste momento de crise econômica?

Lucimar: Para se governar são necessários bons auxiliares sendo que a maioria deles está na iniciativa privada e com remuneração na quase totalidade, melhor que do poder público.

Mas não é isto que desejo explicar e sim que os secretários de Várzea Grande estavam sem aumento salarial desde 2010, portanto, há mais de seis anos e pela nova regra eles só podem ter aumento a cada mandato, portanto, novo reajuste só em 2021, ou seja, no novo mandato.

Fora isto, o aumento elevou de R$ 9.288,00 para R$ 10 mil o salário bruto, portanto, ainda incide descontos legais e mais uma verba indenizatória de R$ 5 mil que não teve nenhuma correção. Essa verba indenizatória é para custear despesas como diárias, passagens e outras ações inerentes ao cargo de secretário.

Portanto, os secretários de Várzea Grande tiveram um aumento de R$ 712,00 brutos, sem descontos.

O mesmo foi para os subsecretários que subiram o salário de R$ 3,5 mil para R$ 4,5 mil, ou seja, R$ 1 mil e mantiveram o mesmo valor da Verba Indenizatória em R$ 3,5 mil mensais.

VG Notícias: E o salário da prefeita e do vice-prefeito?

Lucimar: Mantiveram-se no mesmo valor, ou seja, não houve nenhum aumento, lembrando que este valor é o mesmo praticado desde 2008. Se fossemos computar as perdas somadas nestes anos todos teríamos mais de 50% de aumento e tanto eu quanto o vice-prefeito, José Hazama entendemos que não é o momento para se falar em aumentar o próprio salário.

Quero ainda elogiar a decisão dos vereadores que também não aumentaram seus salários, numa clara demonstração de respeito a cidade e a sua gente.

VG Notícias: Em nível de Brasil e de Mato Grosso não se ouve falar outra coisa, a não no teto de gastos como prioridade para resgatar o poder público. E em Várzea Grande, o que vai acontecer?

Lucimar: Por enquanto estamos estritamente controlados. É claro que enfrentamos dificuldades pela perversidade do sistema de partilha, onde a União fica com 61% de tudo que é arrecadado, os Estados com 24% e os municípios com 15%.

O problema é que o cidadão mora no município. Os problemas estão nos municípios. Governo Federal centraliza os recursos e repassa as obrigações para as cidades que estão esgotadas em sua capacidade financeira.

Mas estamos alerta e não iremos titubear em nenhum momento. Se for necessária a tomada de duras e amargas decisões para se manter o nível de investimentos em prol da população, iremos fazê-lo.

Governamos para a maioria da população.

VG Notícias: E a relação com o funcionalismo público?

Lucimar: Continuará sendo a melhor possível. Temos a exata dimensão da importância do servidor público, pois ele é o instrumento pelo qual o gestor coloca em prática as políticas públicas, ou seja, precisamos de professores, de médicos, enfermeiros, pedreiros, de agentes de limpeza, de merendeiras, enfim de todo o funcionalismo.

Fora isto, o efeito do pagamento de salário na economia do município é fundamental para se sustentar a economia. Em Várzea Grande foram mais de R$ 245 milhões em salários no ano de 2016 e fechamos o ano com todas as 13 folhas quitadas.

Agora o que não se pode é comprometer a totalidade dos recursos arrecadados e que devem atender a toda população e não apenas uma parcela.

Ou pensamos Várzea Grande como um todo para sairmos da crise ou somente aprofundaremos os problemas.

VG Notícias: A senhora determinou a publicação de um decreto anticorrupção para os contratos públicos. Por que esta decisão?

Lucimar: É preciso reforçar, neste momento político vivido pelo Brasil a cultura de que o que é público tem que servir para atender o público e não misturar com o privado.

Qualquer ação mínima que seja para reforçar os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência é bem vinda.

Não daremos trégua no combate incessante contra a corrupção e abuso contra o poder público, e o decreto se torna importante peça para que a relação iniciativa privada com o Poder Público tenha parâmetros a serem observados.

VG Notícias: Prefeita, a senhora fala muito em transparência, mas existe contra a senhora uma ação eleitoral por abuso do poder econômico por ter extrapolado gastos em publicidade. Como à senhora vê essa questão?

Lucimar: Com naturalidade diante do meu ponto de vista e por saber que foi uma denúncia feita com interesse eleitoral pelos meus adversários políticos que disputaram as eleições contra mim e foram derrotados nas urnas pela esmagadora vontade da população.

Depois é preciso lembrar que assumimos em maio de 2015, faltando 42 dias para se completar o primeiro semestre daquele ano e o ex-prefeito que foi afastado por decisão judicial, nos anos de 2013 e 2014 não teve interesse em divulgar suas realizações, primeiro por não ter realizado nada, segundo por ter receio de dar transparência a sua gestão.

Seguimos os mesmos princípios constitucionais do Decreto Anticorrupção, ou seja, dar legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência a nossa gestão e podem ter certeza de que os gastos em comunicação aconteceram de forma cristalinas, transparentes e sem qualquer outro interesse se não o de prestar contas à população.

VG Notícias: Quais serão suas principais realizações em 2017?

Lucimar: Além das obras do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC que tem uma envergadura substancial, além de recursos da ordem de mais de R$ 450 milhões em esgoto sanitário, habitação e pavimentação asfáltica, vamos tirar do papel outro ousado programa de pavimentação de 35 bairros em 100% de suas ruas, investir pesadamente em obras de assegurem a captação, tratamento e abastecimento de água para 100% da população e também colocar em pratica em parceria com o Governo do Estado, o Parque Tecnológico que transformará Várzea Grande num dos maiores pólos educacionais do Centro Oeste do Brasil, além de iniciar a implantação das empresas e indústrias que serão atraídas por este pólo educacional através de mão de obra especializada.

Temos muitos planos para serem colocados em prática, mas precisamos saber que em tempos de crise se faz necessário um passo de cada vez e para que os resultados sejam positivos, pois estamos em busca de políticas públicas aliadas a ações privadas que gerem emprego, renda e desenvolvimento para nossa cidade e nossa gente.

A parceria com os Governos Federal e Estadual será reforçada, pois são 14 Centros Municipais de Educação Infantil – CMEIs com investimentos da ordem de R$ 50 milhões entre recursos federais e estaduais; a nova Unidade de Pronto Atendimento – UPA do Cristo Rei; Clínica Odontológica do Parque do Lago e o Centro de Especialidades Odontológicas – CEO e a duplicação da Avenida Filinto Muller numa extensão de quase 12 quilômetros entre pista de rolamentos e acesso a bairros e que está sendo construída dentro do que existe de mais moderno e eficiente em trânsito de grandes cidades como Várzea Grande.

Temos muitas obras e projetos sendo executados e queremos que ao mesmo tempo em que as obras aconteçam, acabe gerando emprego e renda fazendo a economia girar e potencializando Várzea Grande novamente.

VG Notícias: Por conta de sua administração e dos resultados nas urnas, reascendem as perspectivas do ex-senador Jaime Campos disputar uma nova eleição. As eleições de 2018 passam por Várzea Grande. Como será a partir de agora?

Lucimar: Pertenço com muita honra e brio a uma família que é composta por políticos de excelência que já governaram Mato Grosso, Várzea Grande e já ocuparam cargos no Senado, na Câmara Federal e até mesmo no Governo Federal.

Sempre, Jaime Campos, Júlio Campos, o patriarca da Família, Júlio Domingos de Campos, foram eleitos pela vontade popular, então falar que não existe vontade de participar e disputar eleições seria uma utopia.

O que acontece é que nenhum de nós se esconde atrás de mandatos eletivos, tanto é que Jaime Campos cumpriu todos os seus mandatos na integralidade e permanece por períodos sem mandatos tomando conta de seus negócios empresariais.

Agora 2018 ainda está longe e será preciso muita conversa e principalmente ouvir muito a população.

Na minha situação tenho minhas obrigações como prefeita e tenho a satisfação de ter Jaime Campos me ajudando diariamente a fazer um belíssimo mandato.

Preparado para enfrentar as urnas Jaime sempre estará, mas uma coisa que sempre ele soube fazer foi ouvir e entender o clamor das ruas e elas ditarão se ele irá ou não disputar as eleições e para qual cargo. É claro e óbvio que ele, assim como eu, fazemos parte de um grupo político que no momento certo saberá se posicionar.

Fico então muito satisfeita em saber que Várzea Grande está sendo observada tanto pela população, como pelos partidos e pelos políticos, pois nosso compromisso será cumprido em sua integralidade e dentro de tudo que colocamos nas ruas durante as últimas eleições e se isto credenciar ainda mais uma eventual candidatura de Jaime Campos ou de um candidato do DEM ou de partidos aliados, porque não fazê-lo?

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