O vereador Wilson Kero Kero (PODEMOS) surpreendeu ao retirar nesta segunda-feira (11.09) sua assinatura que permitia a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito, chamada de CPI do Calote, para investigar a dívida de R$ 165 milhões da Prefeitura de Cuiabá com órgãos federais, como Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
O requerimento para a abertura da CPI aprovado na sessão da terça-feira (05.09), após ser apresentado pelo vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos), teria a formação de membros nesta segunda (11), porém, com a retirada, a CPI contabiliza oito assinaturas, desta forma retorna aos trâmites iniciais, ou seja, a fase de coleta.
“Hoje ela tem oito assinaturas, em razão disso volta ao status zero [posição zero]. Agora, compete ao DR. Luiz Fernando fazer o convencimento e conversar com todos os vereadores. A partir daí, existe a possibilidade sim de conseguir nove, 10 assinaturas, depende do proponente”, explicou o presidente da Casa, vereador Chico 2000 (PL).
À imprensa, Kero Kero argumenta que a CPI é natimorta, segundo ele, em razão da apresentação de um projeto de parcelamento da dívida. Para Kero Kero, a CPI deve ser analisada em um segundo momento, ou seja, após a apreciação do projeto de Parcelamento.
“Temos aqui na Casa, um projeto de parcelamento dessa dívida, impostos, INSS, FGTS, e com a CPI, abrindo a CPI, hoje ou amanhã, transcorrendo dentro na normalidade, votamos esse projeto, perde-se o objeto. Então, a CPI é algo para se mostrar com bastante profundidade, como se vota aqui, e praticamente o processo zerou, a CPI é natimorta”, declarou o vereador.
Kero Kero afirma que os recursos “com certeza está na gestão”, mas acredita que houve má gestão dos recursos públicos. Contudo, espera que as respostas sejam dadas por requerimento ou esclarecimento do secretário. “Uma coisa é má gestão, outra coisa é desvio. Essa divida existe, ela tem que ser enfrentada. O processo está na Casa, agora, de que forma a ser enfrentado, vamos fazer o parcelamento e deixar a Prefeitura trabalhar com adimplência.”
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ASSINATURAS AO REQUERIMENTO DE ABERTURA DA CPI DO CALOTE:
Dilemário Alencar (Podemos)
Eduardo Magalhães (Republicanos)
Sargento Joelson (PSB)
Maysa Leão (Republicanos)
Demilson Nogueira (PP)
Michelly Alencar (União)
Felipe Corrêa (Cidadania)
Luiz Fernando (Republicanos)
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