O deputado Júlio Campos (União) retornou otimista após uma reunião com o Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), na busca por uma solução para a longa disputa territorial entre os estados do Pará e Mato Grosso. Nesse encontro, a comissão formada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso apresentou estudos técnicos ao ministro, na esperança de reaver a parte do território que foi incorporada ao Pará.
Segundo o deputado, o Ministro Barroso demonstrou grande interesse pelo assunto exposto pelos prefeitos de Alta Floresta e Paranaíba, municípios mais afetados pelo projeto que resultou na perda de aproximadamente 12,4 milhões de hectares de terra para o Pará. Barroso encorajou os prefeitos a se tornarem co-autores na reivindicação de Mato Grosso e prometeu visitar a região para compreender melhor a situação.
Campos disse que o principal desafio enfrentado na disputa territorial é o impacto nos municípios de Paranaíta e Alta Floresta, onde muitos fazendeiros residem há décadas em áreas que pertenciam a Mato Grosso e agora serão transferidas para o Pará. Essa mudança acarreta diversas dificuldades, como a prestação de assistência técnica, a manutenção de infraestruturas como estradas, escolas, postos de saúde e comarcas, além do acesso à justiça.
A preocupação de Júlio Campos está centrada na necessidade de um acordo envolvendo tanto o STF quanto o Estado do Pará para solucionar essa situação. Ele utilizou a analogia de alguém morando em Cuiabá e pagando impostos em Aripuanã, evidenciando a necessidade de um entendimento adequado para evitar implicações fiscais e logísticas.
O deputado ressaltou o interesse demonstrado pelo Ministro Barroso, sobretudo ao assumir o compromisso de visitar pessoalmente a região de Alta Floresta, Apiacás e Paranaíta com o intuito de buscar uma solução para o problema. Essa atitude é vista por Campos como uma clara demonstração de comprometimento do STF na questão em discussão.
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