Preso desde maio deste ano no presídio da Papuda, em Brasília, por conta das investigações da Operação Ararath, o ex-secretário do Estado, Eder Moraes pode estar prestes a ficar em liberdade. Éder é acusado de operar esquema de crimes financeiros, fraudes e lavagem de dinheiro.
A liberdade de Eder deve ser concedida na audiência de instrução designada pelo juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, para o próximo dia 03 de julho, às 13h30. Além do delator premiado da operação, Júnior Mendonça os demais réus da ação de investigação, irão participar da audiência, são eles: Eder Moraes – que deve participar por meio de vídeo conferencia, Laura Tereza da Costa Dias (esposa de Eder), o ex-secretário estadual Vivaldo Lopes Dias e o superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol.
Há grande possibilidade de Moraes ganhar a liberdade, pois, conforme o artigo 312 do CPP, a prisão preventiva é uma garantia para que o réu não interfira nas investigações. No caso da operação Ararath, segundo alguns advogados consultados pelo VG Notícias, o risco do ex-secretário atrapalhar as investigações em “tese” não há, pelo tempo que ele ficou fora do Estado e sem contato com os demais acusados.
“Para fins de dar início à instrução processual, designo a audiência de inquirição do informante/investigado colaborador arrolado pela acusação", diz trecho da decisão.
O magistrado deu um prazo de 72 horas para os réus apresentarem o rol de testemunhas, qualificadas corretamente, “sob pena de o silêncio importar em desistência de suas inquirições”. A defesa dos réus terá que informar “quais das testemunhas arroladas possuem conhecimento direto dos fatos, a fim de diferenciá-las das testemunhas meramente abonatórias, podendo, com relação a estas, trazerem aos autos, a qualquer tempo, apenas suas declarações".
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