O candidato a prefeito de Sinop (503 km de Cuiabá), deputado federal Juarez Costa (MDB) em entrevista à imprensa, justificou, mais uma vez, os motivos de ter seu nome envolvido na operação Sorrelfa, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), que investigava crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, ocorrida em setembro de 2016, poucos dias antes da eleição.
O emedebista citou suposta “armação” contra ele. Juarez Costa contou que no dia seguinte da operação realizada em sua casa, denunciou o então governador Pedro Taques, o primo Paulo Taques, e Nilson Leitão, o que resultou na "grampolândia pantaneira", ou seja, um esquema de interceptações telefônicas ilegais realizadas no âmbito da Polícia Militar.
Ainda com as marcas psicológicas da ação do GAECO, Juarez Costa se pergunta, o porquê ainda não foi ouvido pelas investigações da grampolândia pantaneira.
“Falei isso logo após a operação e seis meses depois, o Estado descobriu a grampolandia, então não preciso falar mais nada. Foi comprovado a minha fala do dia 15 de setembro. Seis meses depois, aquilo que falei foi concretizado e deu no que vocês viram. É claro que ficou uma marca psicológica na minha família e até hoje eu não fui ouvido. Falaram que eu tinha um apartamento e esqueceram de olhar no imposto de renda que eu tinha mesmo um apartamento, esqueceram que eu tinha várias rádios, grampearam todo mundo”, contou o emedebista.
Quanto à participação de Nilson Leitão, ele acredita que ocorreu diretamente por meio de um assessor: “Quem mandou levantar a minha vida foi o assessor dele. Então nesse ponto é que eu digo que a questão é pessoal. Meu filho de 16 anos teve o celular levado pelo Gaeco, ele sofre com isso até hoje. Então quer dizer, são marcas que não se apagam. Como vou falar que eu vou apoiar um candidato desse? Espero que ele siga a vida dele, que Deus ajude ele, mas eu tenho caráter, tenho honra e vou apoiar quem eu acredito!” declarou.
MPE - Juarez Costa também esclareceu sobre uma ação de responsabilização por ato de Improbidade Administrativa, proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE), em razão de uma denúncia de superfaturamento na aquisição de caminhões e maquinários, por meio de procedimento licitatório em 2009.
Ele explica que comprou R$ 14 milhões de maquinários e foi acusado de superfaturamento de uma PC no R$ 108 mil. Para Juarez, o equívoco na cotação do preço pelo MPE resultou na acusação e ainda espera um pedido de desculpar pelo erro.
“Eu comprei uma Comax 21 toneladas com um ano para pagar. Eles cotaram um Hyundai 20 toneladas com preço a vista. Foi uma incompetência de uma moça que trabalha lá no MP que cotou errado. Para mim, cotar tem que ter especificação, tem que ver modelo, tem que ver tonelagem, não é ligar para uma empresa e perguntar quanto custa, como o MP fez, ligando perguntando quanto custava a vista uma maquina que eu não comprei, comprei uma melhor, só o juro vai dar mais do que isso. Eu comprei com um ano para pagar, então esse tipo de coisa, o MP deveria rever e se desculpar”, encerrou.
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