O deputado federal Juarez Costa (MDB), em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (10.03), defendeu seu projeto de lei para tirar Mato Grosso da Amazônia Legal. Atualmente, os Estados que estão em área da Amazônia Legal podem explorar 20% da área e outros 80% devem ser preservados.
"O país e o mundo precisam produzir e a nossa proposta é essa. Isso não tem nada de mais, o direito do povo mato-grossense é derrubar 80%, nós não queremos isso, queremos que seja cinquenta porque estamos em uma área de transição e nós pertencemos ao Centro Oeste.”
Segundo Juarez, foi direto em declarar que o projeto só é considerado polêmico para quem desconhece o assunto. Para esclarecer e justificar a proposta, o deputado trouxe um breve histórico.
Só queremos mexer na floresta de transição, nem é Amazônia
“Mato Grosso em 1953 foi inserido na Amazônia Legal por um ato do Governo na época – Getúlio Vargas – e em 77 com a divisão do Estado nós perdemos o paralelo 16 que foi excluído e Mato Grosso passou a pertencer totalmente a Amazônia Legal, nós temos esses biomas definidos aqui, Pantanal não se mexe, não se mexe no cerrado que hoje é 65% que se pode produzir, e o que nós queremos em nossa proposta é a exclusão de Mato Grosso na Amazônia Legal, porque somos o Centro Oeste e consequentemente podemos chegar a 501% em nossas áreas de plantio”, destacou o deputado.
Juarez Costa criticou o comportamento dos americanos, considerados os principais defensores da Amazônia Legal, que segundo ele, são incoerentes por cobrar a preservação e, ao mesmo tempo, investir em mineradoras. “Hoje se você tem mil hectares você só pode plantar 200, você é obrigado a cuidar de 800 para quem? Que preservação é essa? Vejo os americanos cobrando a Amazônia Legal, mas investiram nos últimos anos US$ 15 bilhões de dólares em mineradoras que estão em nosso solo, ocupando nosso solo e tirando nossas riquezas”, declarou.
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