O senador Jayme Campos (União) comentou nesta quinta-feira (27.03) a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Campos ressaltou que o processo ainda tem um longo percurso pela frente, incluindo oitivas e depoimentos de testemunhas. Para o senador, o fato de Bolsonaro ter se tornado réu não implica uma condenação imediata. “Isso tem uma tramitação, tem grau de recurso e vamos aguardar. Espero que façamos um exame de consciência e que a justiça brasileira prevaleça”, afirmou.
O parlamentar mato-grossense também mencionou um caso recente envolvendo uma mulher condenada por escrever na estátua da justiça, frisando a necessidade de que o sistema judiciário atue com seriedade, mas de forma justa. "Espero que a justiça haja mostrando que precisamos de uma justiça que a gente certamente merece", declarou.
Questionado sobre o uso do termo "réu" pelo ministro Cristiano Zanin, Jayme Campos esclareceu que, juridicamente, o termo é adequado já que o STF acatou a denúncia. "Réu é réu. Hoje ele está como réu porque foi acatada a denúncia da PGR. Entretanto, ele não está transitado em julgado e condenado. Tem direito ao contraditório e à ampla defesa. Vamos aguardar a decisão", explicou.
Sobre a expectativa em relação ao desfecho do processo contra Bolsonaro, Campos adotou postura de cautela. "Eu acho que todo mundo tem direito à ampla defesa e ao contraditório. Não vou falar nada por antecipação, precisamos aguardar os próximos passos", concluiu.
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