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Política Quarta-feira, 03 de Abril de 2019, 17:19 - A | A

Quarta-feira, 03 de Abril de 2019, 17h:19 - A | A

Compadecido

Jayme sai em defesa de servidores exonerados e cita risco de virarem mendigos das ruas

Rojane Marta/VG Notícias

VG Notícias

Jayme Campos

 

O senador Jayme Campos (DEM), em sessão dessa terça (02.04), saiu em defesa dos mais de 200 servidores que foram exonerados do Senado Federal, na última semana.

Jayme diz não saber os critérios para a demissão dos servidores, mas pede para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), rever as exonerações e cita que alguns servidores estavam há mais de 30 anos no Senado.

“Eu tenho sido procurado aqui por vários funcionários desta Casa. Alguns já trabalhavam há mais de 25 – ou trabalhavam até o dia de ontem –, há 25, há 26, há 27 anos, há 28 anos; alguns quase há 30 anos. Essas pessoas dedicaram quase 30 anos de serviço público nesta Casa. Nesses últimos dias, foram exonerados – sei lá se por contenção de despesa ou não, ou por qual critério, qual motivo, qual razão. Eu desconheço, mas quero fazer um apelo para V. Exa. aqui, de forma muito humilde, até porque não podemos descartar essas pessoas como se fossem talvez qualquer ingrediente de uma comida; demitiram aqui, já nesses últimos dias, acho que mais de 200 ou 300, não sei o número exato. Eu peço, de forma muito humilde, aqui, para rever algumas situações” declarou o senador.

O democrata pediu uma audiência para falar sobre o assunto e ainda disse: “Toca-me no meu coração, profundamente, como cidadão, sobretudo como político com quase 70 anos e seis mandatos. Mas eu peço aqui, de forma muito humilde: eu acho que todo mundo aqui tem consciência de que algo tem que ser feito. Não podemos descartar essas pessoas que, volto a dizer, são pessoas que têm uma história de vínculo aqui com a instituição, alguns já com quase 70 anos de idade. Eu pergunto: o que essas pessoas vão fazer, e quase sem direito algum? Nem no setor privado, nem no setor público, eles poderão ser aproveitados. Eu indago o que uma pessoa, quase no fim da vida já – eu imagino que alguns tenham apenas 10, 12 anos de vida útil – vai fazer? Não há nada o que fazer. Vão ficar, talvez virar mendigos das ruas de Brasília, no entorno de Brasília, porque muitos deles moram aqui”.

Jayme requer que o presidente reconsidere alguns casos, particularmente de pessoas que estão, segundo ele, há 30 anos e não podem, em hipótese alguma, serem descartadas como um bem qualquer. “Pessoas que merecem da minha parte toda a consideração, pois as vejo aqui dedicando, muitas vezes, até 22h, meia-noite, atravessando madrugadas, como acompanho aqui por várias votações e essas pessoas, lamentavelmente, hoje dizendo aquilo que já é conhecido: estão na rua da amargura. Faço este apelo ao senhor. Com certeza, não é um apelo meu, mas de todos os Senadores que certamente têm compromisso com o serviço público de boa qualidade” disse, ao se desculpar, caso tenha exagerado no pedido.

Em resposta, Davi Alcolumbre disse que se penitencia desde a semana passada, quando Jayme pediu para tratar do assunto. “Mas eu quero também aproveitar esta oportunidade e externar para V. Exa. e para os senadores, por exemplo, uma preocupação que a Mesa Diretora está travando. Eu, pessoalmente, como Presidente, estou sendo questionado pelos órgãos de controle do nosso País, por uma determinação do Tribunal de Contas da União, para que nós, o Senado da República, demitamos 1.600 servidores, pessoas que foram contratadas terceirizadas numa tabela de muitos anos atrás, na qual o vencimento é 30% acima da média de todos os outros sindicatos que dizem respeito a essas categorias: ascensorista, motorista, servente, copeira, garçom. Há uma determinação do Tribunal de Contas da União para que a Mesa Diretora demita essas pessoas e faça uma nova contratação” explicou o presidente.

Alcolumbre ainda desabafou: “A Mesa e eu, pessoalmente, assim como o corpo técnico do Senado da República, estamos tratando pessoalmente em relação a esse episódio para não causar uma tragédia na vida de milhares de servidores que trabalham no Senado da República há quatro, oito, dez, vinte anos também como copeira ou como garçom”.

E pontuou: “Então, eu divido o tamanho da angústia com V. Exa., mas não tenho dúvida de que nós iremos encontrar uma saída adequada e equilibrada para tratar das questões da gestão do Senado da República, que cuida dos interesses de milhares de servidores e naturalmente do Brasil, na figura dos senadores e senadoras que aqui trabalham”.

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