O senador da República, Jayme Campos (DEM) está na “bronca” com a postura de alguns secretários do Governo Mauro Mendes (DEM). Jayme, sem citar nomes, reclamou de secretários que não atendem seus telefonemas ou não lhe dão retorno, quando busca apresentar demandas referente a atoleiros em estradas, queda de ponte e até reforma de escolas.
“Eu não critiquei, eu pontuei, dizendo que tem secretário que você liga e ele não dá nem retorno. Você imagina se não der retorno para um senador da República, que só ajuda! Eu não ligo para conversar fiado e muito menos vou pedir coisa pessoal, quando ligo, ligo por questão de Estado”, reclamou o senador.
O descontentamento ficou evidente durante discurso de inauguração de ETA Cristo Rei em Várzea Grande, na ocasião, Jayme elogiou o secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, pelo respeito.
Não preciso pedir emprego para parente
“Muitas vezes o secretário não tem o mínimo de consideração. Parceiro e trabalhador como o senador de Mato Grosso não tem. Tenho só ajudado, não preciso pedir emprego para parente, não peço nada que não é republicano, não sou empreiteiro, não sou fornecedor do Estado, não sou prestador de serviço, o que eu quero é o mínimo de respeito até pela minha trajetória, pela minha biografia”, declarou Jayme.
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O Democrata, de forma indireta, sugeriu “abandonar o barco” em um eventual apoio nas próximas eleições: “Eu participei efetivamente da campanha, ajudei muito a campanha dele (Mauro Mendes), então é natural, a recíproca foi verdadeira, todavia, da forma como alguns secretários tratam a classe política tenha certeza, eu vou criticar e com isso poderá até afugentar num processo político futuro afugentar o senador Jayme”, declarou Campos.
Jayme Campos enfatizou que não pede nada e só tem ajudado o Estado colocando recurso: “Acabei de colocar dinheiro R$ 50 a 70 milhões e nesses dois anos de mandato de senador da República, R$ 300 milhões para Mato Grosso, não só para Governo, como também para os municípios. Hoje mesmo votei a pedido do Gallo (secretário de Estado de Fazenda) essa lei 32, em relação ao transporte rodoviário, em relação à compra por internet, sai atrás de senador para votar, para ter quórum, então, eu sou um parceiro excelente, não peço nada amigo! Agora exijo que alguns secretários tenham mais consideração com o senador Jayme Campos.”
Continuar em um Governo que o secretário de Estado não tem respeito não vai né amigo
Ao se considerar um excelente aliado por não incomodar o governador Mauro Mendes no Palácio Paiaguás, Jayme Campos alertou dizendo que sua ausência representará um grande estrago.
Posso até não ajudar muito, mas faça um estrago na sua vida, grande para caramba
“O governador me trata muito bem, pode perguntar se ele tem um aliado melhor do que senador Jayme Campos, não procuro ele em hipótese alguma se não for em caso extremo, passo 60/90 dias sem pôr o pé na porta do Palácio. Ele tem muito o que fazer e eu tenho muito o que fazer, eu sou um político diferenciado, só me trata como tal né, só depende de perder de vista né, perder de vista o Jayme Campos eu posso até não ajudar muito, mas faço um estrago na sua vida, grande para caramba”, declarou.
Jayme destacou sua trajetória política com seis mandatos e independência para lembrar que seu mandato é até 2027. “Se alguns secretários estão lá, graças a nos que ajudamos eleger Mauro, tem que respeitar, o senador da República, porque tem mandato até 2027. Agora se não tratar Jayme Campos como tal - eu que não fico perturbando - não quer meu apoio, tem muita gente que quer meu apoio, daí eu vou caçar meu rumo, é aquela história, oferecido não tem preço”, refletiu o senador.
O senador afirmou que não irá conversar com nenhum dos secretários e manifestou sua opinião publicamente: “Eu não vou conversar com secretário coisíssima alguma, eu vou conversar com Mauro Mendes. Eu sou homem que não devo para ninguém nesse Estado, faço política com independência. Eu faço política respeitando os meus companheiros. Você tem que respeitar seu eleitor, respeitar seus companheiros, respeitar aqueles que te ajudaram, caso contrário para mim não vale política se for dessa forma, por isso graças a Deus tenho seis mandatos. Eu respeito meus aliados. Ser aliado só na época da política para mim não serve, estou velho e eu não dependo da política, eu vivo do meu negócio!”, encerrou.
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