Marcos Oliveira/Agência Senado
Jayme afirma que reajuste do preço do combustível chega a 45% e que caminhoneiros já iniciam movimentos para deflagrar greve
O senador por Mato Grosso, Jayme Campos (DEM) defendeu nessa quarta-feira (10.1), durante sessão do Senado, a aprovação urgente do Projeto de Lei 1.582/2021, que cria o Fundo de Estabilização de Preços do Petróleo, também conhecido como Fepetro, como forma de controlar e baratear os preços dos combustíveis cobrados pela Petrobras.
De acordo com o parlamentar, os constantes e significativos aumentos da gasolina, diesel e etanol nos últimos meses se devem à “flutuação do câmbio e aos preços do petróleo no mercado internacional”, e que elas exercem um enorme impacto “nos trabalhadores, nas empresas e nas famílias brasileiras”.
Jayme relatou que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes à inflação acumulada nos últimos 12 meses, a variação nos preços dos combustíveis de veículos chegou a 45%, e que esses aumentos impactaram “diretamente a inflação nos grupos habitação, transportes”, assim como exerce “um efeito cascata sobre os demais setores econômicos do país”.
Diante da situação, o senador afirmou que o Senado não pode ficar apenas como espectador de um problema que encarece desenfreadamente os preços desses insumos essenciais à economia do país, e que por isso, apelou para que os colegas de parlamento se empenhe e discuta o projeto de lei 1.582/2021 que institui Fepetro, com a finalidade de constituir fonte de recursos para programas e projetos que contribuam para a estabilização dos preços no mercado de petróleo e de gás natural.
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“O fundo seria alimentado financeiramente por 20% dos recursos oriundos da exploração de petróleo e gás, sendo gerido pelo Poder Executivo. O projeto, além de não criar custos fiscais para os cofres públicos, busca atender ao anseio dos agentes econômicos e das famílias brasileiras por mais previsibilidade nos valores dos produtos derivados do petróleo, retirando-se, também, eventuais pressões sobre a Petrobras na determinação de seus preços. Penso que o Parlamento pode, e deve, disponibilizar instrumentos para que o Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, possa finalmente conter as flutuações dos preços desses produtos no mercado doméstico”, declarou Jayme.
Ainda segundo ele, já se iniciam movimentos grevistas em relação ao transporte de cargas pelos caminhoneiros, e que isso ocorre porque atualmente “qualquer um dos transportadores, seja empresas, seja o cidadão individual no caso o caminhoneiro, está inviabilizado de transportar a produção”.
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“Eu imagino que isso ocorre de norte a sul, de leste a oeste em todo o Território brasileiro. Por isso, nós temos que ter responsabilidade, e, sobretudo, o Governo Federal tem que tomar medidas sérias para que seja realmente. Solucionado o problema da alta do petróleo no Brasil, seja diesel, seja gasolina, seja etanol. O próprio etanol, que era uma fonte rica, ou seja, era competitivo para os automóveis, hoje perdeu a competitividade, na medida em que seu preço está praticamente igual ao da gasolina. Hoje, já estão abastecendo com gasolina e não com etanol, que passou a ser quase inviável” finalizou.
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