O governador Mauro Mendes (DEM) e a deputada Janaina Riva (MDB) comentaram a decisão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que deixou para a partir de 05 de janeiro, a emissão de uma manifestação sobre o início da vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.
Queiroga ainda fará uma consulta pública e também irá consultar a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações. Contudo, a imunização de crianças de 5 a 11 anos foi autorizada na semana passada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Se existir qualquer divergência aqui no Estado, tenha certeza que os técnicos e a própria Secretária vão revisitar o tema, que é dinâmico. Há algum tempo só se vacinava até os 18 anos, passou a vacinar a partir dos 12 anos e agora a Anvisa aprovou a partir dos 5 anos de idade. Então, tenho certeza que todas as autoridades estaduais e municipais irão revisitar esse tema face a decisão da maior autoridade sanitária do país, que se chama Anvisa”, declarou o governador.
Quanto à decisão de esperar até 05 de janeiro, Mauro afirmou que cabe aos técnicos decidirem. Segundo o gestor, o tema não deve ser politizado: “Olha, essa decisão é para os meus técnicos tomar, é uma decisão muito técnica esse tema de vacina não pode ser politizado, não é uma decisão que deve ser feita pelo governador e não deveria ser do presidente ou de prefeito, tem que ser uma decisão das autoridades sanitárias, de quem é técnico, de quem vive o dia a dia disso. Então, tem que tomar uma decisão pensando na população sem ficar colocando qualquer tipo de opinião política em primeiro plano”, declarou o governador.
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Entretanto, o entendimento não é o mesmo da deputada Janaina Riva (MDB), que vem adotando discursos que colocam em xeque a eficácia das vacinas, mesmo depois da autorização da Anvisa. Desta vez, a deputada usou suas redes sociais para questionar a vacina em crianças de 5 a 11 anos.
“Seguindo os preceitos constitucionais, cabe a escolha pessoal e individual. Do mesmo modo, como mãe, decidi que cabe a mim escolher vacinar ou não meus filhos. Eu que fiz, sustento, dou amor, educação e tudo que posso. Porque alguém me obrigaria a vacinar meus filhos? Minha filha mais velha, 12 anos, já se vacinou. Conversamos e decidimos por isso. Mas e as crianças mais novas? Que em quase sua totalidade são assintomáticas? Cabe a mim e ao pai discutirmos e decidirmos. Ninguém é contra a vacina, só não tolero a obrigatoriedade de inserir algo no seu corpo”, declarou a deputada.
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Ao defender o direito de escolha, Janaina completou: “Mas qual a diferença com outras vacinas? Essa foi produzida em caráter emergencial, não tivemos tempo o suficiente para uma ampla análise, como por exemplo, a de febre amarela. Eu vacinei, minha família vacinou, minha filha vacinou, mas por escolha, não por imposição de quem quer que seja. Afinal de contas, quem arca com as consequências somos nós, e não o governo A ou B”, declarou a deputada.
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