A deputada Janaina Riva (MDB) gravou vídeo orientando mulheres a identificar e denunciar casos de violência obstétrica em Mato Grosso. Riva alertou a importância do acompanhante entender e ser instruído sobre os tipos de violência obstétrica.
A declaração foi após receber diversas denúncias incluindo o desabafo de Francisco Ronaldo, que relatou em suas redes sociais a violência sofrida pela esposa, Valéria de Mello, 17 anos, no Hospital Regional de Sorriso (a 420 km de Cuiabá).
Antes de você ir para uma sala de cirurgia para um parto informe seu acompanhante e não deixe de denunciar
“Depois que seu acompanhante presenciou isso você tem que denunciar é importante denunciar sim. ‘Ah, mas porquê? Não vai acontecer nada’. Para você o trauma ficou é uma coisa irreparável, mas para outras mulheres você pode evitar com que esse profissional, com que esse criminoso, essa criminosa cometa esse crime com outras mulheres”, orientou a deputada.
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A deputada falou sobre o direito da mulher ter um acompanhante durante o parto e alertou que o exercício do direito é fundamental inclusive para provar casos de violência obstétrica. “Toda mulher tem direito a acompanhante na hora do seu parto, ter alguém lá com celular, para gravar áudio, para te garantir, te dar segurança com relação a esse momento, que é o momento tão importante para toda mulher.”
Janaina explicou que a violência pode acontecer de forma verbal, quando a mulher é exposta ao ridículo, inferiorizada, humilhada por sua condição pessoal ou escolhas feitas durante o parto. Neste caso, a mulher é ridicularizada com frases do tipo: ‘na hora de fazer foi bom’, ‘a agora você fica reclamando de dor’, que ‘fraquinha”.
Ela também descreveu como acontece a violência física ou sexual durante o parto. Um dos exemplos, a parlamentar mostrou um vídeo do parto da influenciadora Shantal Verdelho, que foi desrespeitada e alvo de palavrões durante o parto. O caso ganhou repercussão nacional e alertou o Brasil para o tipo de violência.
“Quando a mulher é submetida a intervenção desnecessária ou sem o seu consentimento, desde aquela pressão na barriga que hoje não pode mais, muita gente não sabe que não pode mais, que a mulher passa em seu parto, isso também é violência obstétrica.
Também foram citadas pela parlamentar que forçar um parto cesárea ou forçar um parto normal são consideradas violência obstétrica, bem como, negar o tratamento durante o parto, ou qualquer tipo de prática invasiva sem autorização dela, ou do acompanhante.
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