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Segundo deputado, operação detectou ainda erros e defeitos na prestação do serviço
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), deputado Carlos Avallone (PSDB), disse nesta quinta-feira (07.10) que a Operação “Tudo às Claras”, que paralelamente a CPI investiga a prestação do serviço de energia elétrica no Estado, detectou que aproximadamente 15 mil medidores apresentaram erros contra o consumidor.
As investigações da Operação “Tudo às Claras” é chefiada pelo delegado da Delegacia do Consumidor (Decon), Rogério Ferreira. A Polícia Militar, Polícia Federal e outros órgãos de fiscalização participam das investigações.
Nesta quinta (07), os membros da CPI da Energisa apresentaram o resultado do trabalho das investigações ao presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), Luis Alberto Nespolo.
Avallone explicou que as informações colhidas nas investigações, que vêm sendo realizadas desde o segundo semestre de 2020, irão subsidiar sobremaneira o trabalho da CPI. “Eles já informaram que 1% dos padrões tem erros contra o consumidor. Se for fazer a conta em cima do 1% dá 15 mil padrões (medidores), não é pouco! São números altos. Então tem muita informação que vai mostrar a amplitude deste trabalho”, declarou o deputado.
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Segundo ele, foram verificados ainda erros e defeitos na prestação do serviço, como, por exemplo, no atendimento ao cidadão: qualidade da atenção ao consumidor, tempo de respostas. “Isso vai gerar uma série de desdobramentos e o nosso relatório irá constar tudo isso. É um trabalho (da operação) muito importante e vai ser ampliado. Não estão entregando relatório. Eles estão entregando a primeira fase do trabalho, buscando as informações. Isso agora será analisado e colocado no relatório”, destacou.
Conforme o deputado, com as informações colhidas na Operação “Tudo às Claras” será possível cobrar respostas da Ager/MT e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quanto à prestação do serviço e os problemas encontrados.
“Eu estou satisfeito de poder estar chegando a conclusões que nunca chegamos sobre o que é problema das contas altas. Isso é importante. Nós precisamos ter essas informações. Nós sempre ficamos perdidos nelas. Cada um acha uma coisa. Um acha que é forma de medir, outro medidor ou o fio. Agora este grupo que está trabalhando vai trazer um respaldo para nós”, disse.
Ao final, o relator revelou que defende a elaboração de leis que garantam uma melhor prestação do serviço.
“Tem que ter um laudo técnico da própria Energisa dizendo: eu liguei a energia, porém, este trecho está com material de péssima qualidade. Vai ajudar o dono da casa. Quem está em uma residência mais simples não tem esse conhecimento. As vezes ele vai gastar 20 ou 30% de energia porque está usando material ruim, sendo que poderia usar material melhor. Então vamos ajudar esse consumidor. Eu acho que isso é importante e nós podemos trabalhar isso e discutir uma legislação para ajudar nisso. Tem outras legislações como quando fio se tiver problema, quando ele veio do poste até o padrão”, finalizou
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