"A Terra é redonda o tempo todo", rebateu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante audiência pública na comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (22.05), após ser chamado de negacionista pelo deputado Federal Abilio Brunini.
Haddad contrapôs a fala do parlamentar afirmando que negacionismo é prática de bolsonarismo que não ouve e não quer saber o que está acontecendo. O ministro questionou como poderia ser negacionista se defendeu a vacina na pandemia da Covid-19. “Vocês negam que a Terra é redonda, vocês negam que a vacina previne. Negam que deram um calote em precatório, negam que deram calote em governador e eu que sou negacionista?", indagou Haddad.
Em réplica, Brunini disse que "de modo algum" fez referência ao fato de a Terra ser redonda ou plana. Durante sua fala inicial, Brunini contestou o panorama da economia brasileira apresentado por Haddad aos parlamentares. Como exemplo, Abilio citou o preço do arroz, que já estava elevado antes da tragédia no Rio Grande do Sul e que a picanha –promessa de campanha do presidente Lula (PT) – não tinha chegado ao prato da população brasileira.
A discussão precisou ser interferida, e o deputado foi lembrado que o ministro ouviu atentamente e respondeu a todas as perguntas dos parlamentares. Contudo, a discussão continuou, onde Brunini acusava Haddad de ser negacionista da economia, e o ministro rebatia o deputado se ele negava o calote.
“O senhor nega o calote? Houve um calote. E o senhor nega?”. Em relação à cobrança feita pelo parlamentar, o ministro ressaltou que não houve corte, e sim contingenciamento e pode ser liberado até o final do ano.
Ao finalizar, Haddad questionou se a pergunta de Abilio estava respondida e pede para o deputado aguardar. “Se chegar no fim do ano contingenciado, só reclama. Se não chegar, só pede desculpa. É assim que funciona a vida democrática”, concluiu. (com informações da Folha de São Paulo).
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