Há 23 anos, a Prefeitura de Várzea Grande vem pagando gratificação a mais e de forma ilegal para diretores das Escolas Municipais de Educação Básica e gerentes dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI). O prejuízo aos cofres é de mais de R$ 20 milhões.
Em entrevista ao VG Notícias nesta quinta-feira (07.02) o secretário de Educação, Jonas Silva (PT), explicou que a irregularidade foi constatada no período de transição de governo, entre o prefeito Walace Guimarães (PMDB) e Antonio Gonçalo Pedroso de Barros - Maninho de Barros (PSD), e decorria desde o início da gestão de Carlos Gomes que assumiu em 1989. Segundo Jonas, 67 servidores se enquadram nessa situação.
O secretário afirmou que em alguns casos esses profissionais recebiam o equivalente a R$ 9 mil, salário de um secretário municipal. Conforme ele, já foi feito um ajuste na gratificação destes profissionais na folha de pagamento de janeiro deste ano e os cortes devem gerar uma economia de R$ 1,2 milhão anual para o município, ou seja, R$ 100 mil ao mês.
Ainda de acordo com Jonas, ao identificar a ilegalidade, Walace Guimarães realizou um estudo e encaminhou a situação para a Procuradoria-Geral sob o comando do advogado José do Patrocínio, que constatou a ilegalidade.
Jonas explicou que os diretores recebem gratificação conforme a quantidade de salas de aula, mas foi constatado que havia diretores recebendo uma gratificação maior da que os números de salas de aula.
Conforme o secretário, a partir deste mês, os servidores irão receber a gratificação ajustada. Ele afirma também, que não haverá corte total da gratificação ou do salário dos gestores. “Não vamos deixar ninguém com o pagamento zerado. Será retirada a parte irregular da gratificação” explicou.
A partir de agora, Jonas garante que a prefeitura deve realizar um planejamento para destinar o valor que ficou como economia. A intenção é aplicar no salário das merendeiras e professores.
De outro lado, o presidente o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares afirmou que desde 2001 exige a revisão da gratificação dos diretores.
Segundo Gilmar, a gratificação não pode superar 50% dos salários desses profissionais, e infelizmente isso não ocorria em Várzea Grande. “A gratificação dada a esses profissionais vai contra o princípio de valorização de carreira” finalizou.
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