O Governo de Mato Grosso manteve o leilão e recusou o interesse da Prefeitura de Tangará da Serra (a 242 km de Cuiabá), na área da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), que abriga parte do campo experimental nas proximidades do aeroporto regional.
A Prefeitura de Tangará manifestou interesse em receber a doação da fazenda da Empaer para administrar o local. A informação consta do ofício assinado pelo prefeito Vander Alberto Masson, em 24 de maio deste ano.
No documento destinado ao presidente da Assembleia Legislativa (AL/MT), deputado estadual Eduardo Botelho e ao deputado estadual Júlio Campos, ambos do União Brasil, o prefeito justificou a necessidade de acompanhamento técnico e capacitação dos milhares de agricultores do município.
“Estamos construindo uma adutora para trazer a água do Rio Sepotuba até a sede do município e com ela abastecer os nossos 106 mil habitantes. Portanto, é imprescindível a manutenção sob a administração do poder público de uma área onde verte água. Além disso, Tangará da Serra é eminentemente um município com base na pequena propriedade, com vários assentamentos, entre eles o Assentamento Antônio Conselheiro, onde centenas de assentados trabalham a terra para seu sustento e entre outras demandas, precisam dos resultados obtidos a partir dos experimentos conduzidos até então pela EMPAER”, cita trecho do ofício.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Assistência e Extensão Rural do Estado de Mato Grosso (Sinterp-MT), Gilmar Antônio, afirmou ao , que o Governo do Estado não respeitou o pedido da Prefeitura, que é prioritário neste caso, e manteve o leilão.
O diretor-presidente da Empaer, Suelme Evangelista Fernandes publicou no Diário Oficial do Estado, publicado em 10 de julho, que o leilão da fazenda da Empaer será realizado na quinta-feira (07.08), a partir das 10h horário, na modalidade presencial e online.
Reprodução
Produção de mudas clonais de café para serem distribuídas aos agricultores familiares de Tangará da Serra
Sugestão para utilização da área pela Prefeitura
Também foi sugerido a utilização da área para proteção das nascentes Azul e são José (Município já possui o PSA - programa por serviços ambientais), para um espaço Agroflorestal para as culturas de café, cacau e pastagens ou até mesmo para uma sessão para pesquisas e estudos de alunos da educação básica, técnica e graduação nas diversas áreas do conhecimento.
Consta ainda entre as alternativas, a utilização da área para pesquisa e fomento para atender as comunidades indígenas com produção de mudas e sementes nas culturas utilizadas nas tradições de seus ancestrais (51% do Município são terras indígenas). “Ou seja, estamos falando de mais de 500 mil hectares.”
Outro lado
A reportagem do procurou a assessoria da Empaer, mas até o momento não obteve respostas.
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