O governador Mauro Mendes (União) discordou da declaração do deputado estadual Júlio Campos, que afirmou que a 'briga' com o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi o que tirou o candidato Eduardo Botelho da disputa pelo Palácio Alencastro.
“Não acredito que tenha sido isso, porque se aproximando do Emanuel Pinheiro também, faria ele perder muito mais votos, inclusive o meu”, decretou Mendes.
O deputado Júlio Campos defendeu que se tivessem deixado Emanuel Pinheiro quietinho em seu canto, ele não teria lançado o candidato Domingos Kennedy (MDB) e consequentemente os 14 mil votos do emedebista poderiam ter sido para Botelho. Para Campos, 80% dos eleitores de Kennedy votariam em Botelho.
Contudo, o governador afirmou ao , na noite desta segunda-feira (14.10), que acredita que, caso houvesse uma aproximação com o prefeito Emanuel Pinheiro, o candidato do União Brasil também teria perdido votos – inclusive o dele.
Para o chefe do Executivo o que faltou para Botelho chegar ao 2º turno foi votos, e afirmou: "O Botelho não passou, é vida que segue".
O governador que esteve no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para recepcionar o ex-presidente Jair Bolsonaro e também comentou sobre a transferência de votos do ex-presidenciável e dele próprio ao candidato Abilio Brunini neste 2º turno.
Segundo Mendes, essa teoria vem caindo ano após ano. Ele citou que teve cidades que tanto Bolsonaro como ele apoiaram e o candidato perdeu. Para ele, o cidadão está muito autônomo e independente.
"O cidadão tem a capacidade e as informações necessárias para fazer suas próprias escolhas. O apoio funciona como uma apresentação: você apresenta alguém a outra pessoa, chama a atenção, mas, a partir daí, cabe ao candidato conquistar o voto de cada cidadão com suas próprias habilidades.", opinou o governador após declarar apoio ao candidato Bolsonarista.
Júlio disse que não deveriam ter brigado com o Emanuel Pinheiro
Campos atribuiu o resultado da votação no primeiro turno, onde seu candidato Eduardo Botelho saiu derrota, às brigas com o atual do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
“Eu participei do esquema para fazer o Botelho candidato desde o início, então eu fiquei muito sentido de não termos ido para o 2º turno por apenas 1.700 votos. Isso doeu. Não deveríamos brigar com o prefeito Emanuel Pinheiro que estava quietinho no seu canto. Ele não iria lançar candidato a prefeito de Cuiabá, apenas chapa de vereadores, mas aí começou aquela campanha e ele lançou o Kennedy”, ponderou Júlio.
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