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Política Segunda-feira, 10 de Junho de 2024, 10:55 - A | A

Segunda-feira, 10 de Junho de 2024, 10h:55 - A | A

VEXAME NA SEGURANÇA

Governador admite poder de Sandro Louco na prisão e lamenta morte de PM: “quem vai nos proteger?”

Mauro Mendes admitiu falha na Segurança Pública, mas culpa a lei pelo próprio erro

Lázaro Thor/VGN

Em entrevista à rádio CBN Cuiabá nesta segunda-feira (10.06), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), admitiu pela segunda vez falhas no setor da Segurança Pública ao dizer que o líder do Comando Vermelho no Estado, Sandro Louco, continua comandado o grupo criminoso de dentro do presídio. Esta é a segunda vez que Mendes confessa a falha do seu governo na Segurança Pública durante entrevista

Mendes também lamentou a morte do Sargento da Polícia Militar, Odenil Alves Pedroso, e citou a liberdade que bandidos estão adquirindo em matar policiais. "Aí acabou né, gente? Quem vai nos proteger?", falou o governador. 

A repórter da CBN questionou o chefe do Executivo sobre o fortalecimento do crime organizado no estado. A jornalista lembrou publicação de reportagem recente do jornal O Estado de São Paulo, segundo a qual o Primeiro Comando da Capital (PCC) possui 40 mil membros em 24 países onde atua. O Comando Vermelho de Mato Grosso, conhecido pela sigla CVMT, possui 30 mil membros apenas no estado, de acordo com dados da própria segurança pública local. 

"O Sandro Louco está preso aqui no Mato Grosso vai fazer 30 anos e continua comandando a organização criminosa, olha que coisa errada", afirmou o governador, ao admitir a falha no sistema de segurança. 

Recentemente, o ex-secretário de Segurança Pública de MT e aliado do governador, Alexandre Bustamente, foi citado em investigação da Polícia Federal (PF), a Operação Ragnatela, por supostamente ter recebido propina de R$ 100 mil para transferir faccionados da Penitenciária Central do Estado (PCE) para o presídio do antigo Carumbé, atual Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), conhecido como "shopping", por ser menos rígido e mais permissivo. 

O governador  também se justificou dizendo que agentes penitenciários que são presos levando celulares para faccionados não podem ser exonerados. Segundo Mendes, isso ocorre porque "a lei brasileira não permite". A legislação estadual prevê exoneração para servidores acusados de crimes. Em 2023, o Estado exonerou um policial penal acusado de cometer crimes de recebimento de propina dez anos antes, em 2013.

Resposta à Abílio Brunini

O governador Mauro Mendes também respondeu às críticas do deputado federal Abílio Brunini (PL). O parlamentar criticou o governador por querer instalar ar-condicionado nas celas de presídios e alegou que Mauro precisa endurecer a reação às facções criminosas no estado. Na entrevista, Abílio também denunciou a presença das facções na política. 

"Ele tem que falar sem ficar jogando conversa ao vento, faça uma denúncia e entregue no Ministério Público", afirmou Mauro. "Se ele sabe de alguma coisa errada, não jogue conversa fiada, escreva, assine embaixo e protocolize nos órgãos competentes", completou. 

Assassinato de sargento da PM

Mendes também foi questionado sobre a demora na elucidação do assassinato do sargento da Polícia Militar Odenil Pedroso, morto no dia 29 de maio em frente à UPA Morada do Ouro, em Cuiabá. Mendes disse que está "cobrando" o secretário de Segurança Pública, César Roveri, para resolver o problema. 

"Se o bandido perdeu o medo da polícia, acabou né gente!? Se bandido achar que pode matar policial e ficar por isso mesmo acabaou. Quem vai nos proteger? Nós temos que ter uma resposta dura e é isso que estou cobrando, que todos vão para cima e vamos encontrar esse cara, ele tem que ser encontrado", completou Mendes. 

Falta de efetivo na PM e na PJC

O governador também foi questionado por ouvintes da rádio sobre a falta de policiais nas ruas. Ao responder, Mendes comentou que a nomeação de mais policiais que ingressaram via concurso de cadastro de reserva pode deixar o caixa do estado deficitário, provocando um gasto a mais de R$ 2 bilhões. 

 "Opinião tem um monte, às vezes a opinião é de alguém do concurso, que estão no cadastro de reserva e vão ficar falando 'nomeia, governador', mas se eu fizer tudo que me pedirem eu vou quebrar o Estado", afirmou o governador. 

Leia mais: Mauro Mendes pagará R$ 23 milhões em verbas indenizatórias para procuradores

 
 
 
 
 

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