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Política Quinta-feira, 25 de Novembro de 2021, 13:51 - A | A

Quinta-feira, 25 de Novembro de 2021, 13h:51 - A | A

RECADO AOS DEPUTADOS:

Gilberto diz que não está em um parque de diversões e que sacrificou sua vida pela Saúde de MT

A evidência de Gilberto no cargo e utilização da máquina pública para compra de apoio e apadrinhamento político foram os apontamentos feitos pelos deputados

Adriana Assunção & Kleyton Agostinho/VGN

VGN

SECRETÁRIO GILBERTO FIGUEIREDO

Secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo

 

 

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (25.11) respondeu que “não tem apelo ao cargo” sobre a exigência feita por alguns deputados, para deixar o cargo em dezembro, em razão das disputas eleitorais.

A evidência de Gilberto no cargo e utilização da máquina pública para compra de apoio e apadrinhamento político foram os apontamentos feitos pelos deputados para exigirem a saída do secretário do cargo antes do período determinado pela Justiça Eleitoral.

“Afastar do cargo agora em dezembro é uma decisão do governador, de minha parte não há problema nenhum me afastar antes da data que a legislação determina, são seis meses antes das eleições, mas existem alguns compromissos, algumas necessidades, cumprimento de metas do Governo do Estado e é o governador quem pode tomar essa decisão. Eu não tenho apego ao cargo”, declarou o secretário ao

Aqueles que pensam que eu tenho um apego a esse cargo, como se isso tivesse sido um prêmio para mim, estão equivocados

Em relação à evidência do seu nome para ocupar o cargo de secretário, Gilberto argumentou: “Eu acho que a população sabe fazer essa avaliação, trabalhar é aparecer demais? Eu me dedico quase 20 horas por dia a esta Pasta, eu almoço sentado na minha mesa comendo marmitex, e não dou conta de atender todas as demandas da Saúde, eu não fico procurando a imprensa para dar entrevista, à imprensa que me procura”, explicou.

Leia mais: Botelho evita opinar sobre exigência para Gilberto “deixar” cargo, mas apoia decisão dos colegas

De forma irônica, Gilberto ainda “tranquilizou” os deputados dizendo para se despreocuparem com sua gestão: “Essa preocupação com minha gestão, como secretário, está próxima do fim, estou há poucos meses de deixar o cargo. Então, não acho que tenha essa necessidade de preocupação assim. Esse cargo nunca foi um prêmio. Eu não sou candidato, eu sou um pretenso candidato, não existe candidatura antes das convenções”, declarou.

Ainda sobre as divergências com os deputados, Gilberto ressaltou que antes de ser secretário foi eleito vereador da Câmara: “Eu não me transformei em político agora, eu acho que a população e todos aqueles que combatem tem que lembrar que eu era vereador quando aceitei esse desafio. Eu não fui para um parque de diversões não, eu fui para um sacrifício maior da minha vida pessoal, vou finalizar agora em dezembro, três anos nesse calvário, eu acho que é uma contribuição suficiente, dei minha contribuição para o Estado, quase morri”, desabafou.

Gilberto ainda garantiu presença na Assembleia Legislativa para explicar sobre processos seletivos para contratação de servidores para os hospitais Metropolitano e Regional de Rondonópolis. Janaina aponta suposto descumprimento do TAC N.001/2019, firmado com o Ministério Público Estadual para a realização de Concurso Público.

“Com certeza absoluta, isso é um direito dos deputados, é uma obrigação daqueles que estão no serviço público, não há nenhum problema de comparecer à Assembleia para dar explicação, seja convidado ou convocado. Estarei lá, darei as explicações necessárias. Vamos fazer o enfrentamento para suavizar o sofrimento da população com as cirurgias eletivas ou vamos aguardar um concurso que às vezes percorre um ano para chegar ao seu final, para prover os hospitais, os profissionais necessários para fazer esse enfrentamento”, declarou.

O secretário ainda explica, que os contratos atuais para os hospitais são para Covid e estão em fase de encerramento, bem como, tem um perfil de remuneração diferente. Ele argumenta “não ter autorização” para mudar para atendimento para cirurgias eletivas.

“Já debandei ao Ministério Público sobre este assunto e estou aguardando a orientação, o processo seletivo de Rondonópolis e de Várzea Grande finalizaram as inscrições na última terça-feira, só em Várzea Grande são quase 7 mil pessoas que apresentaram curriculum, mas determinei, não só destes dois municípios, mas em todas as estruturas da Secretaria de Saúde, está proibido neste momento, abertura de novos processos seletivos e estão proibidos inclusive contratações desses processos abertos até que está fácil ser dirimido pelo Ministério Público, pela Assembleia e todos os órgãos, e eu cumpro”, encerrou.

 

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