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Política Quarta-feira, 18 de Maio de 2022, 14:28 - A | A

Quarta-feira, 18 de Maio de 2022, 14h:28 - A | A

clima tenso

Geller reitera confiança no processo eleitoral, mas evita criticar Bolsonaro por instigar uso de arma nas eleições

Neri evitou criticar Bolsonaro que tentou instigar a população a se armar para "defender a democracia"

Adriana Assunção & Kleyton Agostinho/VGN

O pré-candidato ao Senado, deputado federal Neri Geller, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (18.05), evitou criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) por relacionar porte de armas à 'preservação da democracia'. Com intuito de instigar a população a se armar para 'defender a democracia', Bolsonaro em evento no Sergipe nessa terça (17), afirmou que as armas de fogo são um instrumento pela preservação da democracia e da liberdade.

Sem provas, Bolsonaro vem “atacando” o processo eleitoral e trava uma verdadeira “guerra” contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no inquérito da fake news.

Entretanto, apesar de reiterar seu alinhamento político, Neri garantiu sua defesa em favor do processo eleitoral sem interferência das forças armadas. Isso porque, o clima de tensão aumenta entre o presidente Jair Bolsonaro e o Alexandre de Moraes, que será o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições de outubro.

Não posso falar do presidente, da qual fazemos parte. Eu confio nas instituições

“Nós temos coerência, eu sou a favor do porte de armas, votei a favor do porte de armas dentro da propriedade, para defesa pessoal, mas não sou a favor do porte de armas para usar dentro de veículo, usar em qualquer lugar, se não tiver critérios claros sou contra. Eu sou a favor da Democracia e o partido é a favor da Democracia”, declarou Neri.

Leia mais: Garcia é contra auditar urnas por empresa privada como propõe PL de Bolsonaro

Ao destacar o apoio de Bolsonaro ao presidente ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) na eleição da Mesa Diretora, Geller preferiu não comentar as palavras do presidente Jair Bolsonaro sobre ofensas aos ministros e ataques ao sistema eleitoral com críticas às urnas eletrônicas, sem ter nenhum elemento de provas.

"Elegemos Arthur Lira a pedido do presidente Bolsonaro, eu ajudei. Fui chamado pelo presidente e fiquei ao seu lado sobre seu pedido de estabilidade, não instalamos CPI, não discutimos impeachment porque nós precisamos trabalhar olhando para frente, não fazer politicagem. Agora, o presidente Arthur se posicionou quando precisou se posicionar a favor da democracia. Vamos defender as instituições”, disse.

Questionado sobre a “liberação” do Partido Progressista nos estados e se teria problema em retomar a aliança com o PT, caso Bolsonaro perdesse as eleições, Geller sorriu e mediu as palavras. “Tem que cuidar com o que falar (...). É muito tranquilo, o Partido Progressista é centro, somos pragmáticos. Eu trabalho sempre construindo, nunca destruindo, então estou tranquilo, estamos ajudando o presidente Bolsonaro. Acho que ele tem condição de se reeleger, mas meu partido deu autonomia aos Estados para comporem com quem achar importante compor. Isso é uma verdade.”

Indagado de forma direta, se confia no processo eleitoral, Neri completou: "não tenha dúvida, eu confio nas instituições, disso não abro mão. Eu confio nas instituições, se tiver dúvidas, que apresente dúvidas concretas. Não pode ser diferente”, encerrou.

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