19 de Outubro de 2024
19 de Outubro de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

Política Sexta-feira, 22 de Novembro de 2019, 16:49 - A | A

Sexta-feira, 22 de Novembro de 2019, 16h:49 - A | A

pontos controversos

Força-tarefa da grampolândia detecta inconsistência em depoimentos com provas técnicas

Rojane Marta/VG Notícias

Alguns depoimentos prestados ao longo das investigações das interceptações ilegais operadas em Mato Grosso, conhecida como “grampolândia”, que tramitam na Polícia Civil são inconsistentes com as provas técnicas. A informação é da delegada Ana Cristina Feldner, uma das responsáveis pela Força-Tarefa da “grampolândia”, em entrevista ao oticias.

De acordo com a delegada, esses depoimentos contraditórios com as provas técnicas acabam por atrapalhar a conclusão das investigações, já que é necessário realizar novas diligências, para convocar a pessoa para esclarecer os pontos controversos.

“Pelo avançar da investigação já chegamos nesta fase, de ver inconsistência de depoimentos e provas técnicas produzidas. Porém, esses depoimentos que não batem com provas técnicas produzidas, acabam por atrapalhar a conclusão das investigações, já que é necessário chamar novamente a pessoa para depor para que esclareça os fatos, ou seja, temos que fazer nova diligência, é o tipo de coisa que não estava previsto inicialmente” conta, mas sem citar os nomes dos depoentes que foram conflitantes com as provas técnicas.

Ana Cristina explica ainda que as investigações da Força-Tarefa têm o condão de apurar quem mandou grampear os telefones, como ocorreram as interceptações, quais os números que foram interceptados, por qual motivo, quem tinha conhecimento, como que operou, e explica que é necessário entender que na Justiça Militar foi apurado e julgado apenas os crimes militares, e essa parte de desmantelar a organização criminosa ficou por conta da Polícia Civil.

“Então a movimentação de tropas, são outros crimes, o crime da organização criminosa que é um crime próprio e das interceptações clandestinas que também é outro crime. Dentro de uma organização criminosa você precisa ter a divisão de tarefas devidamente comprovadas, quem era responsável pelas ordens, quem era o chefe, quem financiava, quem que executava, qual a forma de participação de cada um, onde eles montaram para interceptar” ressalta.

A delegada diz ainda: “O que posso adiantar é que estamos realmente diante de uma organização criminosa, não há menor dúvida disso”.

Para Ana Cristina a organização criminosa não grampeava somente por grampear, e isso precisa ser esclarecido se foi para atender interesse pessoal ou econômico. “Acreditamos que a grampolândia não era um fim em si mesmo, eles não escutavam por apenas escutar, eles tinham outros interesses, que é o que a investigação também precisa mostrar. Pode ter sido interesses particulares ou interesses econômicos, mas não era um fim em si mesmo, precisamos identificar realmente não só por depoimento vago de uma ilação: ‘de achamos que este ou aquele é o mandante’, mas precisamos de materialidade e indícios de autoria, a investigação trabalha neste sentido” pontua.

Conforme a delgada, “não há menor dúvida da existência dessa organização criminosa, que alguns membros continuam ainda unidos, ainda acreditando na impunidade, e continuam ainda apostando nas obstruções para que a investigação não aponte a participação de todos”.

Ao finalizar ela destaca que tem “total confiança no trabalho da Polícia Civil e na capacidade da Polícia Civil em investigar o caso” e diz que não tem como precisar quanto tempo ainda irá durar as investigações da grampolândia.

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760