O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD) respondeu nesta sexta-feira (29.11) as críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo anúncio do pacote de corte de gastos, que repercutiu disparando a cotação do dólar apesar da estimativa de poupar R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026.
Após anunciar o pacote de corte de gastos e a isenção do Imposto de Renda para contribuintes que ganham até R$ 5 mil, o dólar se aproximou ao patamar dos R$ 6 na quinta-feira (28).
Segundo Fávaro, é preciso dar um voto de confiança para o ministro Haddad, considerando que o Brasil superou as expectativas contrárias da economia. Para Carlos Fávaro, caso haja necessidade de ajustes, Haddad deve fazer.
O Brasil cresce 3% ao ano no segundo ano consecutivo
“Não tem nada mais importante que o controle inflacionário para estabilidade do país. Afinal de contas, se a inflação sobe, quem paga a conta é o mais humilde”, alertou o ministro.
Ao pedir um voto de confiança, Carlos Fávaro argumentou que o ministro da Fazenda obteve queda na inflação, no desemprego e o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer mais de 3% este ano, superando as especulações do mercado.
“Viver de previsão e só de críticas não dá muito certo. O mercado previa no começo de 2023 um crescimento para o Brasil na ordem de 08%, o Brasil cresceu 3%. O mercado dizia que nós corríamos risco inflacionário, que o Brasil não tinha boa estabilidade. Inflação controlada, o Brasil com 6.4% de desempregados, algumas regiões do Brasil em especial da agropecuária, Centro Oeste, Matopiba desemprego de 2%, quer dizer, vivemos em pleno emprego. As agências internacionais já mudaram o patamar do risco Brasil, melhorando a confiança no Brasil. Chegou o momento de dar um voto de confiança ao ministro Fernando Haddad”, decantou Carlos Fávaro.
Movimento especulativo
O ministro Carlos Fávaro também alertou para que o brasileiro faça uma reflexão ou questionamento sobre o movimento especulativo, que faz com que o dólar volte a disparar. Ele explica que esses movimentos especulativos são orquestrados pelos próprios bancos, que lucram com a elevação de juros.
“Pensem comigo, quem são os especuladores, meia dúzia de bancos especuladores que tem capacidade de movimentar, injetam recursos comprando dólar, o dólar dispara, apesar que é um movimento global. As instabilidades da geopolítica, das guerras, a mudança de comando nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump falando mais em protecionismo fez o mercado do dólar subir um pouco, mas aproveitou a situação e especulam-se ainda mais no mercado financeiro e do dólar sobe. O dólar sobe gera inflação, para controlar taxa de juros mais alta. Aí vem a resposta, quem que recebe o juro, este mesmo mercado financeiro, que começa receber juros mais caros”, destacou o ministro.
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