A prefeita de Barão de Melgaço, Margareth Gonçalves da Silva (União), rebateu em entrevista ao na manhã desta sexta (29.11), as acusações relacionadas à Operação Gomorra, criticou a politização do caso e afirmou que confia na Justiça para esclarecer os fatos.
Margareth enfatizou que os contratos investigados pela Operação Gomorra envolvem mais de 100 municípios de Mato Grosso, mas apenas Barão de Melgaço ganhou destaque negativo na mídia. "Há mais de 100 cidades com contratos com essa empresa, mas só Barão foi apontado. Temos que olhar para o nosso município de forma diferenciada, porque ele é o coração do Pantanal", disse.
“Barão de Melgaço foi injustamente destacado", afirma prefeita
A prefeita destacou que sua gestão trouxe melhorias significativas para a cidade, como a regularização de certidões e parcerias que permitem ao município acessar programas estaduais e federais. “Hoje Barão está evoluindo. Trabalhamos para colocar a casa em ordem e garantir oportunidades para nossa população”, afirmou.
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Margareth atribuiu a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pela Câmara Municipal para apurar seu suposto envolvimento nas fraudes, a motivações políticas e afirmou que os vereadores deveriam priorizar os interesses da população. “Isso é politicagem. Mas Deus é mais. Enquanto outros falam, o Barão trabalha, e nós seguimos firmes, comprometidos com nossa cidade”, disse.
Ao finalizar, Margareth pediu apoio da população. "Enquanto falam, nós trabalhamos. Agradeço a quem confia e ora pela prefeita. Nós temos um Deus que é maior", disse.
Operação Gomorra
Deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (NACO) do Ministério Público Estadual, a Operação Gomorra investiga fraudes em licitações e desvios de recursos públicos. Em Barão de Melgaço, o foco está em contratos firmados com a empresa Centro América Frotas, envolvendo suspeitas de sobrepreço e desvio de combustíveis por meio de "cartões coringa".
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da Prefeitura e na residência da prefeita. De acordo com o Ministério Público, os contratos com a empresa foram analisados desde 2020, revelando indícios de irregularidades em todo o período.
Abertura da CPI
A Câmara Municipal aprovou, por 5 votos a 3, a abertura de uma CPI no dia 22 de novembro para apurar o suposto envolvimento de Margareth no esquema investigado pela Operação Gomorra. A comissão analisará os contratos da Prefeitura e outras possíveis irregularidades.
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