Em participação ontem no programa "Roda Viva", da TV Cultura, o presidente do PT, Rui Falcão, descartou novamente a volta do ex-presidente Lula à disputa de 2014.
Ele afirmou que o "volta, Lula" é "natural" pelos índices de aprovação do ex-presidente e por sua importância no partido, mas disse que o movimento "não tem correspondência no sentimento dele [Lula] nem no círculo do PT".
"Nossa candidata é a companheira Dilma", concluiu.
Ao ser questionado sobre o silêncio de Lula após a onda de protestos iniciada no país em junho, Falcão justificou dizendo que o ex-presidente já tinha viagens agendadas à África e à Europa na primeira semana de julho e que não havia motivo para desmarcar os compromissos.
"Temos uma presidenta da República que dá conta do recado. Ele não precisa ficar tutelando o tempo todo", afirmou o dirigente.
O dirigente declarou também que o PT não pretende substituir o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), na disputa do próximo ano. No entanto, defendeu a reforma política no Brasil como forma de prevenir questionamentos éticos em relação ao seu principal aliado, o PMDB.
Ao ser perguntado durante o programa "Roda Viva", da TV Cultura, sobre o incômodo causado por manifestações recorrentes em junho contra políticos do partido aliado, como o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, Falcão atribuiu a principal aliança do PT ao formato do sistema político atual, e não à uma aliança programática:
"Seria melhor fazer uma reforma política do sistema eleitoral para que a gente tivesse condições de eleger de outras maneiras, com maioria programática e que não estivéssemos sujeitos a esse tipo de questionamento. Por isso defendo a reforma política", disse Falcão.
Quanto ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) acredita que não saia candidato em 2014 e defende a união da base aliada pela reeleição de Dilma.
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