Em torno da polêmica da possível implantação do BRT (Bus Rapid Transit) na avenida Couto Magalhães, em Várzea Grande, o deputado estadual Fabio Tardin, conhecido popularmente como Fabinho (PSB), em entrevista à imprensa declarou que assim como os comerciantes, ele também não vê o BRT trafegando pela Couto, ainda mais pelo fato que vai inviabilizar um lado “inteirinho” da avenida, prejudicando o comércio, porém ressaltou que a palavra final é do prefeito Kalil Baracat (MDB).
Fabinho destacou que as discussões estão avançando e espera que isso possa ser resolvido em breve, uma vez que a maior preocupação dos comerciantes da região, é a Couto Magalhães se tornar uma avenida da Feb. “Isso não podemos aceitar, não podemos deixar isso acontecer”, ponderou.
O deputado recordou que lá em 2013 com o início das obras do Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) quem pagou por tudo de ruim foi a população várzea-grandense, segundo ele, foram empresas que quebraram, vidas que foram ceifadas e até mesmo pessoas que tiraram suas próprias vidas pelo desespero de perder seu negócio e o sustento da família.
“A Feb era uma avenida grandiosa, muitas empresas, e hoje, há mais de uma década das obras inacabadas do VLT ainda convivemos com aquele rasgo na avenida. As obras do BRT já começaram, espero que seja concluída o quanto antes, só assim iremos resolver o problema daquelas pessoas”.
Questionado se é a favor das obras do BRT na cidade de Várzea Grande, município onde foi eleito três vezes vereador e hoje deputado com uma votação expressiva, Fabinho declarou que todos os várzea-grandenses lá atrás queriam o VLT, mas segundo ele, infelizmente não aconteceu, então que façam o BRT, mas que terminem o quanto mais rápido possível, nem que para isso os trabalhos sejam feitos à noite, que façam três turnos, pois aquela obra vai atender 250 mil pessoas e vai melhorar o fluxo de trânsito, visto que muitos vão poder deixar seus veículos em casa e andar no transporte público de qualidade.
Indagado sobre a questão mais polêmica envolvendo as obras do BRT, sem citar a avenida da Feb, mas sim o projeto por onde o transporte coletivo vai passar e quais as modificações na cidade, Fabinho explanou que quando presidente da Casa de Leis, o primeiro projeto a ser discutido foi sobre a troca do modal – VLT/BRT, e não focaram naquele momento o projeto por onde trafegaria. “Naquela época focamos no modal, fizemos audiência pública, mas naquele momento discutimos a mudança de modal. Eu lembro de pedir para o governador Mauro Mendes (União) que as obras fossem VLT ou BRT, começasse e terminasse por Várzea Grande. Mas não falamos do projeto do trajeto do modal”, explicou Fabinho.
O parlamentar concluiu que é uma discussão de pós e contras "atrasada", pois deveria ter sido discutida com a população antes e não pegar todos de surpresa. “Precisamos pensar no melhor para a cidade, vamos discutir e ver o melhor caminho. Os comerciantes estão preocupados. Os comerciantes estão preocupadíssimos, ali é o ganha-pão deles, tem pessoas ali com seu comércio há 40, 50 anos e não pode de o dia para noite ficar desabrigado, não dá. Mas a decisão final, quem tem que bater o pé, é o prefeito Kalil Baracat”, finalizou do deputado Fabinho.
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