A juíza Selma Arruda, titular da Vara de Combate ao Crime Organizado e a Corrupção de Cuiabá acredita que os legisladores entenderam o recado dos juízes e da população que foi às ruas protestar contra a alteração nas 10 medidas contra a corrupção.
“Espero agora quais serão os próximos passos do Congresso, do Senado no sentido de não apenas deixar passar medidas que são antipáticas à população, mas também no sentido de ver e rever aquilo que já foi feito. Talvez agora esses movimentos sociais tenham servido para os legisladores percebam qual é a verdadeira vontade popular, então, ajam de acordo com ela. Se isso não acontecer, acredito que o povo vai novamente as ruas, quantas vezes for preciso”.
Conforme ela, a alteração nas 10 medidas propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) andaram a passo de lebre, enquanto a que pretende terminar com o fórum privilegiado estão a passo de tartaruga. “Algumas coisas precisam ser tratadas nesse momento, outras não precisavam ser tratadas da forma como estão sendo. A gente nota que é retaliação”.
Ainda segundo Selma, a melhor forma de prevenir a corrupção é a transparência, e a criação de um portal de transparência pelo Governo do Estado é sempre bem vinda.
“Quando se tem transparência, você tem a sociedade a par de tudo que está sendo feito no âmbito público e da forma como está sendo aplicada com o dinheiro público, com o dinheiro que foi resultado dos impostos. Então é obvio que toda ação que vise dar mais transparência ao serviço público, ela é bem vinda. A iniciativa de se criar um portal ela vem de encontro à lei que tem esse mesmo nome, que é uma das medidas que foram adotas pelos países signatários da convenção das Nações Unidas contra a corrupção”.
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