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Política Sábado, 12 de Maio de 2018, 09:00 - A | A

Sábado, 12 de Maio de 2018, 09h:00 - A | A

Operação Bereré

Empresário afirma que deputado recebeu R$ 1 milhão da EIG, mas teria ficado descontente e pedido mais dinheiro

Lucione Nazareth/ VG Notícias

VG Notícias

Mauro Savi

deputado Mauro Savi esperando para prestar depoimento no Gaeco sobre fraudes propinas no Detran/MT

O sócio proprietário da EIG Mercados, atualmente FDL - Serviços de Registro Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda, José Henrique Pereira Gonçalves, afirmou que o deputado estadual Mauro Savi (DEM) recebeu mais de R$ 1 milhão da empresa, que o parlamentar ficou descontente com o valor e requereu mais dinheiro para pagar dívidas de campanha das eleições de 2014. O dinheiro estaria ligado o contrato da FDL-Serviços com o Departamento Estadual de Trânsito em Mato Grosso (Detran), 

Em depoimento ao Gaeco, José Henrique relatou que seu pai, José Neto, o executivo José Kobori e Mauro Savi estiveram reunidos em agosto de 2014, e que na oportunidade o parlamentar solicitou R$ 1 milhão, quantia essa que teria sido pago de forma parcelada, entre setembro e dezembro daquele ano, para Claudemir Pereira dos Santos.

Segundo ele, em dezembro daquele mesmo ano, Savi e Claudemir teriam o procurado em Brasília (sede da empresa FDL – Serviços) para requer mais dinheiro afirmando não estar “contente” com os R$ 1 milhão recebido, sob alegação que os valores seriam usados para “saldar dívidas de campanha do deputado”. No entanto, o ex-diretor da FDL – Serviços afirma não ter conhecimento de valores repassados ao deputado se não os R$ 1 milhão.

Aos promotores do Gaeco, o empresário afirmou que Marcelo da Costa e Silva chegou a realizar um empréstimo de R$ 600 mil no Banco Santander em Cuiabá em nome da empresa EIG Mercados, atualmente FDL - Serviços de Registro Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda, para atender os interesses do ex-deputado federal, Pedro Henry.

Ele relatou que em 2014, José Kobori afirmou que o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, era seu amigo de infância e que caso Pedro Taques (primo de Paulo) ganhasse as eleições de 2014 o contrato com a FDL - Serviços seria mantido pelo novo gestor.

Conforme ele, após Taques ser eleito, Kobori determinou a contratação do escritório de advocacia de Pedro Jorge Zamar Taques (irmão de Paulo Taques) para representar a FDL - Serviços em processos judiciais pelo valor mensal de R$ 10 mil. Ainda sobre os irmãos Taques, Kobori disse em dezembro de 2015, que iria repassar R$ 1,2 milhão a Paulo Taques, mas não soube explicar se o dinheiro foi entregue ou não ao ex-secretário.

No depoimento, José Henrique revela que seu pai, José Neto, autorizou pagamento de R$ 1,4 milhão a José Kobori como forma de propina para manter o contrato da FDL – Serviços com o Detran/MT.

Além disso, ele revelou que o sócio da empresa Santos Treinamento, Roque Reinheimer, cobrou, em 2017, a quantia de R$ 50 mil da empresa FDL – Serviços para que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) não fosse instalada na Assembleia Legislativa com objetivo de investigar possíveis irregularidades no contrato da empresa firmando com o Detran/MT.

Conforme ele, após deflagração da Operação Bereré, em janeiro deste ano, Roque foi até o escritório da FDL – Serviços entregar um contrato em um pen drive, com data, retroativa, cuja finalidade seria dar legitimidade aos pagamentos percebidos referente a extorsão de R$ 50 mil em relação a CPI, mas a mudança não foi efetuada pelos responsáveis da FDL.

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