O deputado federal Emanuelzinho (MDB) se manifestou contra à tentativa da direita de reduzir o período de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa, que atualmente é de oito anos. O emedebista afirmou oposição propôs alteração na lei para que "político de estimação" fosse beneficiado, além de que a mudança seria um é “um tapa na cara do povo brasileiro”.
A fala do parlamentar aconteceu durante discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, em reposta às críticas feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que alegou que a legislação estaria sendo utilizada para perseguir políticos de direita.
“Querem acabar com a Ficha Limpa, uma lei de iniciativa popular assinada por mais de um milhão de brasileiros. O que está acontecendo nessa casa é sem precedentes. Deputados e deputadas que até 2022 defendiam com unhas e dentes a aplicação com rigor da Ficha Limpa agora propõem o fim da Lei para proteger político de estimação. Agora virou coisa de esquerdista e comunistas, segundo alguns”, afirmou Emanuelzinho.
Emanuelzinho ainda afirmou que o Projeto de Lei evita com que candidatos que tenham condenações em sua ficha possam disputar eleições e representar possivelmente o povo brasileiro. Ademais, a votação que poderia acontecer do dia para noite seria um tapa na cara dos brasileiros.
“Um projeto de Lei que evita com que um a cada dez candidatos que tenham condenações em suas fichas possam disputar eleições e representar o povo brasileiro corre o risco de, nessa casa, cair em uma votação do dia para a noite. É um tapa na cara do povo brasileiro”, declarou o emedebista.
O movimento está sendo liderado pelo deputado Bino Nunes (PL-RS), que busca diminuir o prazo para dois anos, o que beneficiaria diretamente Bolsonaro – impedido de disputar eleições até 2030 por abuso de poder político, econômico e uso indevido dos meios de comunicações.
A proposta de redução do tempo de inelegibilidade surge como uma alternativa à tentativa frustrada de conceder anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Com essa nova estratégia, a oposição busca angariar apoio de outros partidos, já que diversos políticos enfrentam pendências judiciais e poderiam ser favorecidos pela mudança na lei.
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