O Senado começou a votar nesta quarta-feira (16.08), na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, o projeto de lei 490/2007, que trata do Marco Temporal das Terras Indígenas, de autoria do deputado Homero Pereira (MT), já falecido. Favorável ao projeto, o senador Jayme Campos (União) fez duras críticas à atuação das organizações não-governamentais: “É a maior quadrilha que se instalou no Brasil. O Comando Vermelho e o PCC são fichinhas perto das ONGs daqui” – disse.
Durante seu discurso, Campos destacou os desafios de infraestrutura enfrentados por comunidades remotas, mencionando especificamente as questões relacionadas ao projeto de construção de uma ponte sobre o Rio Branco dentro da reserva de Araras. Ele destacou as complicações regulatórias enfrentadas pelo projeto e consequentemente o desperdício de recursos públicos.
O senador enfatizou a necessidade de dar oportunidades às comunidades indígenas, pois em seu entendimento "Eles querem oportunidade. Querem plantar, querem eles ter carro, telefone, ar-condicionado, quer ter condições de vida, não viver num estado de miserabilidade que eles vivem lá, sem saúde, sem educação."
Desta forma, Campos ressalta que algumas lideranças indígenas buscam oportunidades econômicas e não a expansão territorial. Ele cita como exemplo o caso da reserva em Campo Novo do Parecis (a 397 km de Cuiabá), onde comunidades indígenas cultivam soja.
“Eu quero trazer aqui ao menos cinco Caciques de Reservas. Eles vão mostrar que eles não querem ampliação de reserva indígena. Ele quer é oportunidade, e lá está a prova inconteste lá na reserva do campo do Parecis. Lá eles estão plantando dezesseis mil hectares de soja. Com assistência técnica. Lá tem índios, que é engenheiro, que é advogado, que é médico, lá tem tudo. É isso que eles querem.”
O senador identifica as organizações não governamentais (ONGs) como a principal preocupação. Ele critica sua influência, observando que, embora afirmem ser defensores das comunidades indígenas, muitas vezes operam mais como grupos criminosos. Ele enfatiza a necessidade de enfrentar esta questão e acabar com ela.
“Nós não queremos continuar sendo massa de manobra dos pseudos defensores dos povos indígenas, dessas ONGs. A maior quadrilha que se instalou no Brasil. O Comando Vermelho, o PCC é fichinha perto dessas ONGs aqui. No Brasil tem mais de cinquenta mil ONGs sobretudo essa vasta região do Brasil que é a região amazônica e nós temos que dar um basta em tudo isso aí”
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