O senador da República, Jayme Campos (DEM-MT) em entrevista ao avaliou que o Senado Federal apreciará somente em 2022, o Projeto de Lei 591/2021, que trata da privatização dos Correios.
Jayme cobra respeito à história dos Correis, especialmente pelos serviços prestados e por empregar 105 mil servidores. Entretanto, defende que ocorra mais discussão do modelo de privatização.
“Para mim, o Governo tem que abrir mão de alguns serviços, entretanto, por causa da Educação, da Segurança, da Saúde é um serviço público que tem que ficar na mão do Estado, agora tem alguns setores, atividades que o Governo tem sido incompetente, muitas vezes impotente para fazer com que ele preste um bom serviço à sociedade brasileira, de qualquer forma nós temos que aguardar, essa matéria tem que ser discutida, não vejo possibilidade deste ano passar lá, até porque está quase acabando o ano de 2021, é uma matéria que ainda vai precisar tramitar, votar, discutir o ano que vem, e ano que vem é ano de eleição”, declarou Jayme Campos.
Contudo, ao contrário do que acredita o senador, as discussões seguem em ritmo acelerado na Casa de Leis, o texto deve ser votado nesta terça-feira (09.11) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Atualmente a proposta está sob relatoria do senador Márcio Bittar (PSL-AC), que manteve o texto aprovado pela Câmara rejeitando as emendas apresentadas na Comissão.
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Conforme o Conselho de Administração dos Correios, a empresa Correios em maio de 2020 registrou um lucro líquido na ordem de R$ 1,53 bilhão – o maior resultado nos últimos 10 anos. Apesar do lucro compartilhado com o Governo Federal, a empresa faz parte do programa de privatização do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Bolsonaro entregou pessoalmente a proposta ao Congresso, acompanhado dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Fábio Faria (Comunicações) com a expectativa que o processo de venda aconteça no primeiro semestre de 2022 pelo BNDES.
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