28 de Abril de 2025
28 de Abril de 2025

Editorias

icon-weather
28 de Abril de 2025
lupa
fechar
logo

Política Terça-feira, 01 de Setembro de 2015, 10:03 - A | A

Terça-feira, 01 de Setembro de 2015, 10h:03 - A | A

Olhar o espelho

É preciso fechar Dilma, Temer e FHC numa sala, diz Abilio Diniz

Para os chineses, crise significa perigo e oportunidade

MSN

Para os chineses, crise significa perigo e oportunidade. E é assim que eu gosto de ver a crise.

Foi com essa frase que o empresário Abilio Diniz, sócio da BRF e Carrefour, começou sua palestra sobre como sair da crise no evento EXAME Fórum, que acontece nesta segunda-feira no Hotel Unique, em São Paulo.

O vice-presidente Michel Temer, o juiz Sérgio Moro e o ministro da Fazenda Joaquim Levy também participam.

“O Brasil é mais forte que suas crises e seus governos”, disse o empresário. “Já vivi tanta coisa e não é nem de longe a pior crise, nem de perto”.

Para Abilio, a crise no Brasil é política e não econômica.

“Está na hora dos políticos se entenderem. Tem que jogar todos os maiores políticos desse país, Dilma Rousseff, Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso, trancar em uma sala e não deixar eles saírem de lá sem um acordo”, afirmou o empresário.

O Brasil tem alguns nós estruturais, como o da aposentaria, que precisam ser resolvidos.

“Precisamos nos reformar com reforma política, com a imensa teia de aranha que é o sistema tributário brasileiro”, afirmou. “É preciso reorganizar o país, mas isso só vai acontecer se os políticos se entenderem”.

Questionado pela plateia sobre qual seria sua reação se um líder chegasse com déficit em uma de suas empresas, o empresário foi enfático:

“Minha vontade seria mandá-lo embora. Mas, como presidente do conselho, também é minha obrigação questioná-lo, estimulá-lo, ajudá-lo a corrigir”, afirmou. “De novo: não há nada mais para sugerir ao país do que uma reforma política”. 

Olhar o espelho

O empresário acredita ainda que não adianta colocar a culpa da situação das empresas na presidente ou ministros.

“Todos estão em um fogo cruzado, sem conseguir colocar na prática o que pretendem e precisam fazer”, disse ele. “Mas, em vez de olhar a janela, é preciso olhar o espalho e ver no que posso melhorar”.

Se as empresas não se tornarem competitivas, elas só darão espaço para os concorrentes que estão de fora, acredita o empresário.

“E garanto, quando o país voltar a crescer, crescerá muito”, disse.

Para ele, é preciso que as empresa e pessoas, assim como o governo, entendam que é preciso produzir mais – sem deixar de acreditar no país.

Investimento, liderança e capacitação seriam as armas para que o país seja viável, em todos os aspectos, assim como as empresas.

Outras três diretrizes são: corte, concentre e simplifique.
Dar atenção ao caixa e compartilhar informações, com outras empresas, e até outros setores, também é fundamental.

“Não tomar decisões antes do tempo e nem no escuro, com uma negociação clara e informações bem analisadas, é outra regra”, disse ele. 

O empresário terminou a palestra agradecendo a todos pelo carinho e aplausos. "Isso me empurra para ir pra frente", disse ele. 

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760