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Política Terça-feira, 03 de Outubro de 2023, 12:00 - A | A

Terça-feira, 03 de Outubro de 2023, 12h:00 - A | A

MANIFESTAÇÃO FINANCIADA

Durante depoimento do empresário de Sorriso, CPI de 8 de Janeiro expõe vandalismo em rodovias de MT 

Como exemplo de vandalismo, consta um vídeo que mostra um pai desesperado tentando passar pelo bloqueio para passar por uma cirurgia em Cuiabá

Adriana Assunção/VGN

Sob o silêncio do empresário mato-grossense do agronegócio, Argino Bedin, a relatora da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI), senadora Eliziane Gama (PSD-MA) resgatou os momentos turbulentos enfrentados pela população de Mato Grosso em razão dos bloqueios das rodovias estaduais, promovidas pelos atos antidemocráticos. A CPI do 8 de Janeiro foi criada com objetivo de investigar os ataques de 8 de janeiro aos Poderes da República.

Um dos vídeos expostos pela parlamentar mostra a imagem de um pai desesperado, que estava sendo impedido por manifestantes, que bloqueavam a rodovia, de levar o filho para uma cirurgia em Cuiabá. O vídeo que viralizou à época comoveu e causou indignação após serem impedidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na BR-163, em Sorriso.

“Olha o desespero. (...) Você fazer manifestação, fazer algumas obstruções é até comum, mas impedir que ambulâncias, pessoas que estão em situação de fato grave de vida possam ser impedidas de transitar, deixa de ser manifestação e passa ser um ato desumano”, disse Eliziane, sobre a “luta” de Gabriel da Guia Boa Sorte, 9 anos, que conseguiu a cirurgia após seguir viagem por caminho alternativo em meio a lavoura. (reveja o vídeo abaixo)

Leia mais: Garoto “barrado” em rodovia consegue fazer cirurgia no olho em hospital de Cuiabá

Bedin, aos 73 anos, proprietário de 13 fazendas e de 16 caminhões usados em bloqueios de estradas em janeiro, é apontado como financiador dos atos de 8 de janeiro. Ele, que atuou como militante bolsonarista, se calou diante do questionamento, especialmente quando indagado sobre o relatório da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Segundo dados da ABIN, 272 caminhões foram de comboio para o acampamento do 8 de janeiro, em Brasília, sendo que 72 vieram de Sorriso, destes 72, 16 eram da família do empresário. “Precisamente cinco do senhor Argino Bedin e mais 11 caminhões é referente a vários outros integrantes de sua família, filhos enfim e outros parentes”, declarou a relatora.

Os alertas nas rodovias de Mato Grosso emitidos no relatório da ABIN, consta ainda que, no dia 5 de novembro, 180 caminhões de Sorriso estavam se direcionando para Brasília. Ainda do relatório, Eliziane cita que no dia 19 de novembro houve tentativa de explosão na antiga BR-174, região de Comodoro, Mato Grosso, bem como, outras ações que se equiparam com vandalismos, como, por exemplo, fogo em ambulância e guinchos, uso de armas, coquetel molotov, despejo de cargas na pista, utilização de terra e madeira para furar pneus, furtos de pneus e até troca de tiros entre policiais e manifestantes. Os fatos aconteceram em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e em Sorriso.  

“Vários destes acontecimentos, vários desses atos ocorrem na região próxima da fazenda que é de propriedade do senhor Bedin e também da fazenda Lagoa Vermelha e outras todas localizadas na BR- 163”, destacou Eliziane Gama.  

A senadora também apontou envolvimento do Movimento Verde Amarelo, que é composto por associados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), na qual o Grupo Bedin faz parte. Segundo ela, o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, que também integrava o Movimento Verde Amarelo, que incentivava atos antidemocráticos e o questionamento do processo eleitoral. “O Movimento Verde Amarelo recebeu dinheiro e não foi pouco dinheiro, ou seja, todas essas manifestações que ocorreram eram subsidiadas. (...) Um dos que foram presos é integrante da Aprosoja”, declarou a senadora.

Além dos transtornos nas rodovias, a senadora também expôs o desabastecimento, como exemplo citou a falta de querosene nos aeroportos, ocasionadas por restrição nas rodovias. Ainda, em Tangará foi publicada situação de emergência por escassez dos combustíveis. "Estes atos afetaram a vida de milhares de pessoas causando graves prejuízos e pode ter contribuído com a morte de pessoas por falta de atendimento”, criticou Eliziane Gama.

 

 
 
 
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