A vinda do PSL para base do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) continua sendo motivo de discórdia dentro da sigla. Estão entre os descontentes os deputados Delegado Claudinei, Ulysses Moraes e Gilberto Cattani.
O posicionamento contrário levou ao presidente da sigla, Aécio Rodrigues, a “convidar” o deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) a deixar a sigla. Aécio Rodrigues ao direcionar a palavra aos parlamentares descontentes afirmou “a porta da rua é serventia da casa”.
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Sobre o "convite", o deputado Delegado Claudinei garantiu que por enquanto permanece no PSL, “até porque nós não temos a janela, só em abril do ano que vem”. Entretanto, ainda espera conversar com Aécio.
“Eu não quero polemizar até porque não conversei com Aécio, nem com Elizeu sobre isso, mas acho que primeiro tem que respeitar os 30 mil votos que a gente teve, foi o quinto mais votado, devido a essa votação que tive conseguimos eleger mais dois deputados”, declarou.
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Sem citar o nome do o ex-senador Cidinho (PSL), Delegado Claudinei afirmou que a sigla precisa ter diálogo entre os novos e antigo integrantes: “O que estamos cobrando são mais diálogos internos, alinhamento interno entre os deputados e diretório estadual, quem está chegando e quem está saído”, declarou o deputado em entrevista à imprensa.
Contudo, garantiu que buscará outro caminho caso o apoio à Mendes se concretize: “E se realmente o PSL ficar na base ou apoiar a reeleição do governador Mauro Mendes, eu hoje não concordo com isso, não concordo em apoiar. Então, se for apoiar essa reeleição, a gente tem que decidir o melhor caminho”, declarou o deputado.
Ele também avalia que essa aliança (Mauro Mendes e PSL) não irá atrair um apoio do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). Para o deputado, a sigla deveria lançar um nome próprio ao Governo ou apoiar outro "nome forte" para "bater de frente" com o atual governador.
O governador fez duras críticas ao presidente. Eu tenho certeza que Bolsonaro não vai apoiar ele nessa eleição
“Não adianta também ter só o apoio do presidente Bolsonaro se a gente não tiver um nome forte, uma pessoa que já prestou serviço para sociedade, que tenha como alavancar seu nome, só o apoio do presidente também não vai resolver. Temos que ter um nome de peso para bater de frente com o atual governador. Se não for uma candidatura própria que pelo menos que junte esses partidos de direita e consigam apoiar um nome forte para eleição ao Governo, se o PSL for realmente apoiar a reeleição do governador podemos sair e apoiar esse outro nome que surgir com apoio do presidente Bolsonaro”, declarou.
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