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Política Domingo, 30 de Dezembro de 2018, 11:50 - A | A

Domingo, 30 de Dezembro de 2018, 11h:50 - A | A

Retrospectiva 2018 - Fim Melancólico

Derrota nas eleições, prisões de secretários e delações sobre corrupção marcam fim da gestão Taques

Lucione Nazareth/ VG Notícias

VG Notícias

Pedro Taques

governador Pedro Taques (PSDB)

A gestão do governador Pedro Taques (PSDB), foi marcada por secretários de Estado presos, derrota nas eleições e uma delação premiada do empresário Alan Malouf que ‘abalou’ o Governo do Estado e detalhou suposto esquema de propina na gestão do tucano.

Taques teve seis secretários presos, a maioria envolvida em um esquema de escutas telefônicas ilegais e também por corrupção. Além disso, pessoas da família do tucano, acusadas de fazer parte de esquema de corrupção no Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT) sendo eles: o ex-secretário, Paulo Taques, e o advogado Pedro Jorge Zamar Taques – tiveram prisões ocorridas neste ano de 2018.

O maior número de prisões ocorreram no esquema de grampos ilegais, desvendado em maio de 2017, e que ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”, ao todo foram cinco secretários, sendo eles: Paulo Taques então chefe da Casa Civil, Roger Jarbas (secretário de Segurança Pública); Airton Siqueira (secretário de Direitos Humanos); Evandro Lesco (Casa Militar); além do então comandante da Polícia Militar, coronel Zaquel Barbosa.

O suposto esquema teve como principal operador, o réu confesso, cabo da PM Gerson Luiz Ferreira Correia Júnior. Em depoimento à Justiça, ele disse que o esquema teria sido usado para espionar médicos, advogados, políticos de oposição ao atual governo e jornalistas durante os anos de 2014 e 2015.

Gerson afirmou ainda que as interceptações foram financiadas por Paulo Taques, e que o governador Pedro Taques foi um dos principais beneficiários do esquema.

Ainda sobre prisões, a primeira prisão ocorreu em junho de 2016 tendo como alvo Permínio Pinto (secretário de Educação) por meio da segunda fase da Operação Rêmora. Ele foi apontado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) como um dos líderes da suposta organização criminosa que praticou esquema de corrupção para desviar verbas da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC). Em dezembro daquele ano ele foi solto após assumir que faz do esquema.

Nesta mesma operação, foi preso o empresário Alan Malouf, porém, ele foi solto após firmar acordo de delação premiada com Ministério Público Federal (MPF). Na delação, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018, além de admitiu que atuou como um arrecadador de recursos para “caixa 2” na campanha vitoriosa do governador Pedro Taques (PSDB) em 2014.

Além disso, ele apresentou uma planilha com centenas de nomes de pessoas e empresas que participaram do esquema, citando inclusive Pedro Taques como um dos arrecadadores. No total, consta na delação que o suposto grupo arrecadou R$ 34,1 milhões.

O ano de 2018 ainda foi marcado por mais dois momentos “amargos” na gestão de Taques: a derrota nas eleições, no qual ficou apenas em terceiro lugar tendo conquistado 271.952 votos, o que representou 19% das intenções de voto. O governador eleito, Mauro Mendes (DEM) obteve 840.094 votos (58,69%), e o segundo colocado, Wellington Fagundes (PR) teve 280.055 votos (19,56%).

Além disso, no último dia 18 deste mês, Taques ainda recebeu a notícia de que mais um secretário de Estado da sua gestão havia sido preso, desta vez o então titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), André Baby. Ele foi preso no desdobramento da Operação Polygonum que apura fraude no sistema de regularização e monitoramento de propriedades rurais e instrumentalizados no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O ex-gestor já se encontra em liberdade.

O governo Pedro Taques termina na próxima segunda-feira (31.12), mas já entrou para a história como aquele que mais teve secretários presos.

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