Deputados estaduais criticaram nesta quarta-feira (10.05) a decisão do Governo do Estado, que assumiu a concessão da da BR-163, e não colocou como prioridade a duplicação da Rodovia dos Imigrantes.
Em entrevista à imprensa, o deputado estadual Fabio Tardin, conhecido popularmente como Fabinho (PSB), disse que conversou com coordenador do Conselho Administrativo da concessionária Nova Rota [que assumiu administração da BR-163], Cidinho Santos, e com o presidente da empresa, Luciano Uchoa, para tratar sobre a questão da duplicação, mas que neste momento acredita ser ideal a realização de Audiência Pública para ouvir a sociedade e todos demais entes para falar sobre o tema.
Segundo Fabinho, os várzea-grandense são aqueles que mais sofrem com a falta de obras na Rodovia dos Imigrantes, e que a cidade deve ser lembrada e tratada de forma correta. “É inadmissível isso. Quem sofreu e sofre com isso é a população da cidade de Várzea Grande. Não podemos ser esquecidos, temos que ser lembrados. Várzea Grande tem que ter o tratamento merecido que nós precisamos hoje na Rodovia dos Imigrantes”, afirmou.
Conforme Tardin, com o Contorno Norte, entre Cuiabá e Várzea Grande, será necessário ter conhecimento de qual o fluxo que vai passar, e se vai desviar da Imigrantes, pois, existem cidadãos que moram na região a mais de 50 anos, e segundo o parlamentar, será inadmissível que eles tenham que fechar suas portas de forma repentina.
Fabinho destacou ainda que essa discussão será levada à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), através de uma Audiência Pública, para poder conscientizar todos que vivem, e que trafegam direta ou indiretamente na rodovia.
“Falei com Cidinho e ele disse que não irá deixar a Rodovia dos Imigrantes para trás. Nós vamos sim ter os benefícios. Mas, o benefício que nós precisamos é ter imediatamente melhoria no fluxo em toda a região de Várzea Grande. Queremos no mínimo quatro viadutos na via, sendo um no Trevo do Lagarto, onde inúmeras carretas fazem filas de até 5 km. Queremos outro viaduto no São Mateus, um no Capão Grande e um quarto no 24 de dezembro”, disse o deputado.
Sobre a questão da desapropriação ser um dos problemas que impedem a duplicação da Imigrantes, Fabinho afirmou que essa questão deve ser tratada às claras para todos conhecerem a realidade e assim discutir a questão. “Eu não vejo por esse ângulo, mas isso aí nós temos que trazer às claras. Qual é o valor total dessa desapropriação? Porque só falar não adianta. Nós temos que ter no papel um projeto, saber a realidade para aí sim podermos discutir a fundo”, finalizou.
Já o deputado federal Júlio Campos (União) foi taxativo e afirmou que não precisa ser feita desapropriação dos imóveis, e que isso seria uma justificativa do Governo do Estado para economizar dinheiro. Segundo ele, caso o Governo não realize melhoria no Contorno Sul, os políticos de Mato Grosso irão entrar com uma Ação Popular.
“É conversa fiada, é blefe da MT-Par sobre que eles dizerem que precisam fazer a desapropriação, não precisa. O que eles querem fazer é economia de dinheiro, se não fizer o melhoramento urbano do contorno Sul, nós políticos mato-grossenses vamos entrar até com uma ação Popular. É um desaforo que eles estão fazendo, querem desviar de Várzea Grande um traçado novo, fora do perímetro urbano, para sair da rodovia”, afirmou Júlio.
Campos destacou que a previsão é de que o Governo, por meio do MT-Par, pretende gastar algo em torno de R$ 1,6 bilhão com a construção do anel viário, porém, alega que não dispõe de R$ 40 milhões para duplicação da Imigrantes.
Ao final, o deputado declarou que os vereadores e prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande irão se unir com deputados estaduais e federais, senadores, entre eles Jayme Campos (União) para exigir do Governo a duplicação da rodovia.
“Iremos exigir que a MT Par, que faça não só a duplicação da BR-163, como queiram nomear aquele Contorno Sul de Juscelino Kubitschek, que é o nome oficial de lá. Queremos que faça também as entradas, os viadutos ou as galerias para entrar nos bairros São Mateus, Capão Grande e Bonsucesso, que são hoje os locais que mais acidentam pessoas”, pontuou.
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