O deputado estadual Júlio Campos (União) declarou em entrevista nesta quarta-feira (22.05) que o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), precisa brigar internacionalmente contra a moratória da soja e da pecuária. A iniciativa tem como objetivo eliminar o desflorestamento da cadeia de produção da soja no bioma Amazônia.
O parlamentar explicou que a moratória utiliza o Código Florestal de 2012 em seu artigo 12, mesma norma utilizada na reserva legal da Amazônia: 80% da área total da propriedade rural como sendo considerada como reserva legal, autorizando a utilização do restante, ou seja, 20%.
“A Lei Federal diz que no paralelo 13 para cima na região Amazônica tem que preservar 80% e só poder utilizar para ser trabalhada 20%. Então todos que estão acima do paralelo 13, que fizeram qualquer coisa a mais disso, serão enquadrados pela moratória da soja, o que é uma injustiça porque eles estão usando a Lei Federal”, explicou o deputado.
Ele ainda acrescentou: “Não é porque o cidadão está no nortão de Mato Grosso ou no sul do Pará que vai ser enquadrado na moratória da soja. Isso é uma injustiça e vai causar um prejuízo muito grande, não só para o produtor rural, mas também para o Estado e nação brasileira, pelo fato de Mato Grosso ser um grande produtor de alimentos e de carne, sendo que muitas propriedades atingidas estão no paralelo 13 que é a região da Amazônia”.
Ao final, Júlio afirmou que o governador Mauro Mendes deve entrar na briga dos produtores rurais contra a moratória da soja. “O Governo tem que reconsiderar e brigar internacionalmente para isso não ocorra", finalizou.
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