O deputado estadual Ondanir Bortolini – Nininho (PSD), em entrevista à imprensa, criticou empresários que não fizeram a parte deles, conquistando votos suficientes para reeleger o presidente Jair Bolsonaro (PL), e que agora “chora o leite” derramado.
Nininho disse que não adianta querer ir para as ruas, rolar em bandeiras, criticar, gritar ou fazer vídeo, pois, segundo ele, o jogo já passou e o time perdeu.
O deputado ainda atribuiu a derrota aos empregadores, aos empresários que poderiam ter feito reuniões com seus colaboradores, explicando a preocupação do Brasil voltar para as mãos, do que chamou de ‘descondenado’, de alguém que já havia deixado o País em uma dificuldade imensa e que não fez bem para sociedade.
“Agora não adianta querer fazer barulho, se não fizeram o dever de casa. Se cada empresário tivesse conseguido mais um voto, nosso Brasil não estava na mão de quem está”.
Em relação às manifestações que ainda insistem em bloquear algumas rodovias do Estado, Nininho disse que a população vive em um país democrático, que tem seu direito de se expressar, mas mesmo defendendo o presidente Bolsonaro (PL), acredita que agora o “time“ já perdeu.
Na avaliação do parlamentar, o momento de ter tomado iniciativa para que o Supremo Tribunal Federal (STF) ou as Forças Armadas fizessem alguma coisa, foi no feriado de 7 de setembro, quando o presidente chamou a população para as ruas.
“Eu também não comungo com o que vem sendo feito pelo Supremo, isso é um absurdo o que tem ocorrido, mas eu acho que naquele momento nós tínhamos toda prerrogativa e o motivo, “descondenou um bandido”, deu a ele o direito de participar de um processo eleitoral e nós não concordamos, ali era o momento de nós termos feito algo que virasse realidade, mas, eu entendo que o presidente combinou, chamou o povo e não combinou com as forças armadas”.
Nininho disse que quando surgiram desconfianças de que as inserções nos rádios não teriam sido veiculadas, naquele momento, a população bolsonaristas deveriam ter parado as eleições - e não ter deixado acontecer, mas ocorreu, foi para urna e população escolheu.
Ele disse que agora que a escolha foi feita, qualquer atitude mais radical será interpretada como golpe militar. “A decisão foi tomada pela maioria da população, e como vivemos na democracia nós temos que acabar aceitando”.
O deputado lembrou que o próprio presidente Bolsonaro pediu para os manifestantes desobstruírem as rodovias. “O direito de protestar é legítimo, mas, nós não podemos tirar o direito de ir e vir. E o que esperar com manifestações em frente ao quartel, se não tem algo de concreto para acontecer? Precisamos de provas concretas em mãos. O manifesto é um direito, mas é preciso ser baseado em provas concretas. Neste momento não há nada substancial para continuar nesta situação, não sei até onde vai se prolongar isso”, concluiu o deputado estadual.
Leia também
Temática da Agricultura: Fávaro fará parte da equipe de transição do Governo Lula
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).