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Política Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2019, 09:05 - A | A

Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2019, 09h:05 - A | A

Crise em MT

Deputado defende “sacrífico” de todos Poderes e diz: “servidores rasos são vítimas”

Rojane Marta & Edina Araújo/VG Notícias

VG Notícias

Xuxu Dal Molin

Dal Molin será empossado no cargo de deputado estadual em 1º de fevereiro

A principal vítima da crise estadual, segundo o deputado Ederson Dal Molin, popular Xuxu Dal Molin (PSC), é o servidor público com o menor salário, o qual ele chama de “servidor raso”.

Dal Molin, que será empossado em 1º de fevereiro, em entrevista ao oticias defendeu que os demais Poderes devem ser sacrificados também, pois, conforme ele, somente o Executivo é quem está fazendo cortes, o que, em sua visão, não vai resolver em nada os problemas do Estado.

“Só o Executivo que está contribuindo, e quem faz saúde, educação coisas básicas é o Executivo, outros Poderes, que têm uma função nem tão importante no dia a dia da sociedade, estão aí com a mesma estrutura e mesmo duodécimo, e isso não é justo. O principal Poder que mais participa, que a população mais precisa, é que está sendo sacrificado” destacou.

Para Dal Molin, mesmo que o Estado aumente a arrecadação, por meio da taxação do agronegócio, se os Poderes não fizerem um enxugamento, em conjunto com o Executivo, não irá resolver a crise em Mato Grosso.

“Agora, eu não posso aceitar que o servidor raso, este que está na base da pirâmide, que ganha três, quatro, cinco mil reais, esse sim está sendo vítima, igual é hoje o comércio, a indústria, os produtores, fala aí umas bobagens, que estão taxando o agronegócio, isso nada mais é que aumento de imposto, e quem vai pagar a conta é a dona de casa, com uma comida mais cara. Então, eles estão querendo arrecadar mais, mas se não fizer o dever de casa - de cada Poder enxugar -, nada vai adiantar” destacou.

O deputado novato defendeu ainda a demissão de servidores comissionados e de efetivos. De acordo com ele, o corte com pessoal pode ser uma das soluções para Mato Grosso.

“Nós já temos uma alternativa, a constituição garante que se tirar mais de 20% dos comissionados, você pode até demitir os concursados, e nós temos que fazer isso, se não, vai de novo entrar R$ 1,5 bilhão a mais e não vai servir para nada, simplesmente a população vai continuar tendo problema na saúde, não vai ter estrada, falta de segurança, não vão construir escolas, então, é o que está acontecendo hoje, todo esse cenário que está aí, ele não vai resultar em quase nada em beneficio ao cidadão comum que paga a conta, a não ser manter privilégios, cabides de emprego, situações desnecessárias, e friso, o Executivo está fazendo um pouquinho da parte que cabe, mas os outros têm que fazer também, principalmente o Legislativo, Judiciário, MPE, Defensoria Pública. E o Poder Executivo realmente tem que cortar, só usar o que é necessário na questão dos servidores e dos serviços que temos que manter” destacou.

No entendimento de Dal Molin, se todos os Poderes não fizerem uma reforma robusta, o Estado corre o risco de não cumprir com os repasses aos municípios e continuar devendo os fornecedores. Para ele, este pacotão de emendas apresentado pelo governador Mauro Mendes (DEM), e aprovado pela atual legislatura da Assembleia Legislativa, não será o suficiente.

“Este projeto não será o suficiente, ele está fazendo a parte dele, mas é muito pouco. O Estado é um só, e não estou entendendo porque um Poder tem que ir para o sacrifício” pontuou.

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