O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), presidente da Comissão especial que discute concessões de rodovias e pedágios em Mato Grosso, afirmou que a Concessionária Via Brasil não está respondendo adequadamente às solicitações da comissão. Segundo o deputado, a empresa não apresentou os projetos de engenharia e de segurança solicitados, além de não concluir as rotatórias no trecho da MT-208, que liga Alta Floresta a Carlinda.
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Faissal destacou que a Via Brasil tinha um prazo de um ano, para apresentar os projetos de engenharia, que ainda não foram entregues. Além disso, o plano de segurança rodoviário também não foi apresentado.
Segundo ele, a empresa também não concluiu as rotatórias no trecho da MT-208, que interliga o município de Alta Floresta a Carlinda, que já está com o prazo de conclusão vencendo. Calil alega que os valores dos pedágios estão aumentando e as obras não estão sendo realizadas nos prazos estabelecidos nos contratos, prejudicando a população.
“Nem as rotatórias, cujo prazo irá terminar agora, foram feitas. Então, a população padece. Todos os dias, todas as semanas tem acidente no período urbano lá em Alta Floresta. Antes de ontem teve um acidente que o rapaz perdeu a perna. Há duas semanas teve um em que a pessoa teve a cabeça esmagada” criticou.
O parlamentar mencionou um requerimento apresentado na Assembleia Legislativa, acatado pelo presidente Eduardo Botelho, para realizar um estudo de tráfego no trecho, já que a Via Brasil não está cumprindo com suas obrigações.
Faissal Calil também criticou o aumento da tarifa de pedágio anunciado pela Via Brasil, ressaltando que os cálculos de reajuste são obscuros, que a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER) é responsável pela decisão dos valores, deixando os deputados "de mãos atadas".
“Esse trabalho, na realidade, era para ser feito pela Via Brasil. Então a Assembleia está fazendo, infelizmente. No dia 03 de novembro, a concessionária Via Brasil, anunciou o reajuste da tarifa do pedágio na MT-320 e MT-208".
O valor aumentou de R$ 10,10 para R$ 10,60 e para o deputado, os cálculos de reajuste são muitos “obscuro”. Ele diz que a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER) quem decide os valores e não há como recorrer, deixando os deputados, de certa forma, de “mãos atadas”.
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