Numa conversa reservada com um interlocutor, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) admitiu que, durante os 87 dias em que ficou preso, chegou a cogitar fazer delação premiada, mas não a negociou. Ele afirmou que, agora, não pensa mais em fazer a colaboração.
“Eu passei pelos momentos mais difíceis, onde a possibilidade de delação existia. Passei por situações complicadas. Mas agora, não. A minha defesa é boa”, disse Delcídio segundo relato desse interlocutor. Em declarações públicas, o senador vem negando que tenha cogitado delação.
O senador petista demonstrou preocupação com sua situação no Conselho de Ética e com a votação aberta no plenário de seu processo de cassação. Mas avalia que o trauma do Senado com a sua prisão pode ser um ponto a seu favor.
"A ficha caiu entre os senadores. O episódio abriu um precedente. Isso nunca tinha acontecido antes”, argumentou Delcídio na conversa com o interlocutor.
Destacou ainda a disposição para reverter o processo de cassação, ao lembrar que sempre teve uma postura humilde com os colegas.
“Vou conversar com os colegas e fazer a minha defesa pessoal. Fui gravado de forma ilegal, sem autorização do Supremo. Sou um senador”, argumentou, em referência ao episódio que motivou a sua prisão – uma gravação na qual planejava a fuga do país do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato.
O senador contou ainda que passará a semana fazendo exames médicos. E que, portanto, não vai aparecer no Senado. Delcídio pediu hoje licença médica de 15 dias.
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