O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, conhecido como Emanuelzinho (MDB), defendeu os professores que participaram da paralisação realizada na Assembleia Geral na segunda-feira (12.07). A manifestação foi organizada para exigir a realização de concurso público para todos os cargos da carreira, o fim do confisco das aposentadorias e a valorização salarial com ganho real.
A categoria enfrenta a ameaça de corte de ponto devido à paralisação e reivindica um diálogo com o Governo do Estado. “Mauro pessoaliza críticas. Quem o critica passa a ser inimigo. É uma sacanagem que professores sejam tratados assim”, declarou o deputado federal em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (15.08).
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), os profissionais estão enfrentando abuso de autoridade por parte da Seduc, que ameaça com o corte de ponto. Segundo o Sindicato, um comunicado das Diretorias Regionais de Ensino (DRE) exige a identificação nominal dos trabalhadores que participaram da paralisação, incluindo o nome das escolas e o CPF dos profissionais. “Essa prática é considerada arbitrária e será contestada judicialmente pelo Sintep-MT”, informou o Sindicato.
Sobre o corte de ponto, o secretário de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), Alan Porto, informou que está avaliando quais providências serão tomadas contra os professores que participaram da mobilização.
“A paralisação ocorreu na segunda-feira (12). Das 648 escolas, nove paralisaram. As informações foram repassadas para nossa equipe de gestão de pessoas, que está avaliando, dentro da legislação, quais providências serão tomadas”, declarou o secretário.
CORTE NO PONTO
Ontem, em entrevista à imprensa, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que a Secretaria de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) será responsável pela aplicação das sanções.
“A manifestação é livre e democrática, mas o Governo age com isonomia dentro das regras da administração pública. E a Secretaria, certamente, aplicará as regras previstas pela administração pública”, declarou o governador.
Questionado sobre o valor pago aos professores da rede estadual, Mendes informou que o salário é de R$ 7 mil por 40 horas trabalhadas. “40 horas, R$ 7 mil, mais de R$ 7 mil”, afirmou.
Em relação à cobrança por diálogo, o governador afirmou que o sindicato tem dificuldade em dialogar por xingar e criticar de forma exacerbada.
“Eu tenho dificuldade de dialogar com quem age dessa forma. Se fosse um diálogo respeitoso e propositivo, estaríamos abertos a dialogar com todos. Agora, se vão às ruas, me xingam, xingam o Governo, xingam a Secretaria, depois querem sentar para dialogar... Haja com educação para quem deseja representar a Educação”, concluiu o governador.
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