A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro marcou para a próxima terça-feira (03.10) o depoimento do empresário de Sorriso (a 420 km de Cuiabá), Argino Bedin, suspeito de financiar os atos antidemocráticos.
Argino Bedin será ouvido na condição de testemunha, atendendo requerimento da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e do deputado federal, Carlos Veras (PT-PE).
Elizane afirmou que o empresário de Mato Grosso poderá “trazer informações de enorme valia para a condução dos futuros trabalhos da Comissão”.
Já Carlos Veras citou que Argino Bedin figurou na lista de investigados como possível financiador dos atos antidemocráticos, e que inclusive teve contas bloqueadas por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
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“Conhecido no Estado do Mato Grosso como pai da soja, Argino Bedin é um latifundiário sócio de pelo menos nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do Ministro Alexandre de Moraes. Assim, a convocação do Sr. Argino Bedin é relevante para que esta CPMI possa investigar e coletar informações pertinentes para desvelar os reais responsáveis pelo 8 de Janeiro de 2023”, sic trecho do requerimento.
Importante destacar que em 03 de agosto deste ano, a CPMI aprovou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Argino Bedin do período de 2020 até a presente data, atendendo requerimento da relatora, senadora Eliziane Gama.
"Segundo dados encontrados nos documentos obtidos por esta CPMI, a referida pessoa física/jurídica possui envolvimento com o financiamento dos comboios de caminhões com destino a Brasília, movimento que se estendeu ao longo dos meses de novembro e dezembro de 2022 e culminou com a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 janeiro de 2023. A identificação dos financiadores dos atos antidemocráticos requer que esta CPMI siga o caminho do dinheiro, medida de fundamental importância para o bom andamento dos trabalhos desta Comissão", diz requerimento aprovado.
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