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Política Quarta-feira, 07 de Fevereiro de 2018, 10:39 - A | A

Quarta-feira, 07 de Fevereiro de 2018, 10h:39 - A | A

Em meio à polêmica

CPI do Paletó: Depoente não comparece e pode ter condução coercitiva decretada

Lucione Nazareth & Adriana Assunção / VG Notícias

VG Notícias

 

Em meio a muita polêmica, o servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Valdecir Cardoso de Almeida, não compareceu à Câmara Municipal de Cuiabá na manhã desta quarta-feira (07.02) para prestar depoimento na CPI do Paletó - Comissão Parlamentar de Inquérito -, instaurada para investigar suposta propina recebida pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), época em que ele era deputado estadual.

O depoimento de Valdecir estava previsto para acontecer hoje, mas foi adiado após a Comissão receber um documento do servidor alegando motivos de viagem com a família, que segundo o documento, estava prevista antes mesmo da convocação para o depoimento.

No entanto, o documento está sendo questionado pelos vereadores da Capital e pelo próprio presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (PSB).

Segundo ele, o documento foi protocolado na tarde dessa segunda-feira (06.02) - apesar dele estar datado com o dia 29 de janeiro -, junto ao gabinete do relator da Comissão, vereador Adevair Cabral (PSDB), e não no departamento de protocolo do Legislativo. Além disso, o socialista alega que tomou conhecimento da solicitação do adiamento da testemunha na manhã de hoje e por meio de aplicativo de WhatsApp.

“Tomei conhecimento do pedido de adiamento agora, e por meio de aplicativo de WhatsApp, que não é meio legal para ser feito”, declarou o parlamentar durante reunião da CPI do Paletó.

Bussiki disse que não reconhece o documento de Valdecir Cardoso por ele não constar nenhuma assinatura, e que o servidor não apresentou documentos comprobatórios solicitando o adiamento do seu depoimento (como passagens compradas antes da data de sua notificação).

“Diante disso, não reconheço que a justificava seja plausível, e submeto a Comissão que seja enviado um ofício interessado a um juiz criminal devido o motivo não ser devidamente justificado e comprovado pela testemunha, para que se faça o encaminhamento de uma nova data com uma condução coercitiva se for o caso”, disse o presidente da CPI.

Em meio à polêmica, os vereadores Toninho de Souza (PSD) e Felipe Wellaton (PV), que também estão presente na reunião da CPI do Paletó, criticaram a forma que Valdecir requereu o adiamento do depoimento.

Toninho sugeriu a CPI que realize a condução coercitiva do servidor da AL/MT, por ele, ter desrespeitado a Casa de Leis. Segundo ele, se abrir a brecha para o primeiro depoente, dará as mesmas condições para os outros e a CPI pode se estender por meses, o que irá prejudicar o andamento das investigações.

Já Felipe Wellaton atacou a postura de Adevair Cabral ao receber documento e não informar aos demais membros da Comissão, e sugeriu a suspensão de Cabral da CPI.

Adevair Cabral se defendeu, alegando que sua secretária recebeu o documento de Valdecir nessa terça e que após o recebimento tentou falar com o presidente da CPI, mas que não conseguiu apesar de inúmeras tentativas via telefone.

“Presidente, independente que seja coercitivo ou não o depoimento, o que for votado aqui será acatado. O que eu não aceito é ter discurso nesta Casa de Leis, discurso de um querendo subir nas costas do outro, na intenção de se promover. Não podemos aceitar. Nós estamos em uma CPI. Em momento algum alguém quer que algum depoente venha. Queremos que venha todos”, declarou o tucano.

No final, a CPI decidiu que irá acionar o juiz criminal da Capital para que seja expedida a condução coercitiva de Valdecir para prestar depoimento na CPI do Paletó.

Vale lembrar que a Valdecir Cardoso de Almeida é considerado uma das principais testemunhas por ser o responsável em instalar a câmera usada para gravar o prefeito e outros políticos que aparecem recebendo dinheiro, supostamente a título de propina, do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cesar Corrêa.

VG Notícias

 

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