Jefferson Rudy/Agência Senado
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Senadores articulam para que o relatório seja usado como base para um novo pedido de impeachment de Bolsonaro
A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI da Covid) vota nesta terça-feira (26.10) o relatório final elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Também serão lidos na reunião os votos em separado apresentados pelos senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE), e eventualmente outros que venham a ser apresentados.
O relatório de Renan, com mais mil de páginas, foi apresentado na semana passada pede o indiciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) pelos seguintes crimes: epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade; crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo).
Calheiros ainda responsabilizou as empresas Precisa Medicamentos e VTCLog, e mais de 70 pessoas, entre eles os filhos de Bolsonaro: Carlos, Flavio e Eduardo Bolsonaro, além de ministros como o da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário; o do Trabalho Onyx Lorenzoni; e da Defesa Walter Braga Netto.
Consta também os ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e da Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Se aprovado, o documento será encaminhado a órgãos competentes, como o Ministério Público, para que deem continuidade às investigações.
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Para abertura de um inquérito contra o presidente da República depende da ação do procurador-geral da República, Augusto Aras. O crime de responsabilidade só cabe a agentes públicos e pode levar à perda do mandato.
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Senadores também articulam para que o relatório seja usado como base para um novo pedido de impeachment de Bolsonaro elaborado por juristas. A decisão para abertura do processo é exclusiva do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressista-AL).
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